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30 | I Série - Número: 105 | 11 de Julho de 2008

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, sempre que uma intervenção nos corre mal não podemos usar a figura regimental da interpelação, distorcendo-a, para tentar corrigir a nossa intervenção.

Protestos do CDS-PP e do Deputado do PSD José Eduardo Martins.

A interpelação, à luz do Regimento, não se destina a uma espécie de post scriptum de uma intervenção inicial que correu mal.

Aplausos do PS.

Quanto à questão que parece preocupar o Sr. Deputado Paulo Portas, essa é uma questão de matemática muito simples: a diferença entre os valores absolutos e as proporções. Por isso, não me atrevo a pedir ao Sr.
Presidente para distribuir um manual de matemática do ensino básico ao Sr. Deputado Paulo Portas, porque sei que o Sr. Deputado conhece bem essa diferença.

Risos e aplausos do PS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Quanto é que arrecadam a mais? A isso é que não responde!

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, a caracterização das duas últimas interpelações está feita com grande rigor para as duas, por V. Ex.ª, no início da sua interpelação.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, para evitar corrermos o risco de que este debate sobre o estado da Nação fique ao nível dos debates quinzenais ou mensais, com todo o valor que têm, tendo em conta as dificuldades da direita em contrapor a sua política à política que defende, gostaria de centrar algumas questões em relação ao tema que nos trouxe, ou seja, o estado da Nação.
Nós consideramos que o País está mais desigual, mais injusto, mais endividado e mais dependente. E, constatando este facto, é evidente que há uma outra preocupação complementar que decorre da sua intervenção: é que não há forma de corrigir um erro se não se reconhecer esse mesmo erro.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Se a culpa for sempre dos outros… Obviamente, desancou, politicamente falando, na direita, nas suas responsabilidades políticas em relação ao passado. Só se «perderam as que caíram no chão», obviamente! Mas a questão de fundo que se coloca é a de saber, tendo em conta o estado da Nação, se este Governo tem ou não responsabilidades na situação que vivemos.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Tínhamos a desculpa permanente da sacralização do combate ao défice das contas públicas. Durante anos, esse foi o motivo, o argumento, para penalizar duramente a maioria do povo português.

Vozes do PCP: — Exactamente!