21 | I Série - Número: 107 | 17 de Julho de 2008
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Termino já, Sr. Presidente. E tudo isto acontece com a protecção e com a responsabilidade do seu Governo, Sr. Ministro!! Daí a burla política, que nós vamos continuar a denunciar, fique seguro!
Aplausos do PCP:
O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Velosa.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: gostaria de deixar duas brevíssimas notas.
A primeira destina-se a registar o facto de que o que o Sr. Primeiro-Ministro aqui anunciou, no debate do estado da Nação, nada tem a ver com a explicação que hoje foi dada pelo Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares e pelo Sr. Deputado Victor Baptista, porque foi aqui dito que se tratava de uma taxa excepcional de 25%, igual à taxa de IRC. Isto está por explicar, até porque há uma contradição muito clara com o que se passou depois: o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e a Galp, no seu comunicado, vieram dizer que esta é uma medida neutra do ponto de vista fiscal para as petrolíferas.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Ora bem!»
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Diga lá que não é neutra, Sr. Ministro!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Portanto, nós continuamos a pedir explicações. E o Grupo Parlamentar do PCP fez muito bem em requerer este agendamento porque, na realidade, precisamos de saber por que é que há estas contradições! Caso contrário, temos de ser levados a chamar a esta taxa várias coisas, que já aqui foram chamadas»
O Sr. Honório Novo (PCP): — Sócrates! «Taxa Sócrates»!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Talvez lhe devêssemos chamar «taxa Pinóquio«,»
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É a mesma coisa!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — » porque ç uma taxa que pensamos ser uma coisa e depois, na realidade, sai outra!
Vozes do PCP: — Muito bem!
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — O que todos precisamos de saber, o que os portugueses precisam de saber é por que razão há estas trapalhadas!? Por que é que o Sr. Primeiro-Ministro tem de anunciar estas medidas da forma que o faz, deixando o Parlamento «às escuras», com todas estas contradições, até da parte de membros do próprio Governo?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente e Srs. Deputados, da posição do PCP, o que mais impressiona neste debate é a confissão de que estão contra esta taxa.