22 | I Série - Número: 107 | 17 de Julho de 2008
Vozes do PCP: — Está enganado!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — O PCP está contra a tributação autónoma dos ganhos extraordinários das empresas petrolíferas!
Aplausos do PS.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Estamos é contra a vossa política!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — O PCP é a favor antes, até ao momento em que as medidas são concretizadas, porque, logo que concretizadas, o PCP passa a ser contra!
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Fale lá do Secretário de Estado!»
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — É este o resultado inolvidável do debate de hoje.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é ir longe demais nas aldrabices!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Em segundo lugar, enternecem-me as preocupações enormes que o Bloco de Esquerda e o PCP têm com a Galp — estão sempre a falar da Galp!... Olhem que os portugueses preocupam-se com os efeitos que a crise internacional está a ter no bem-estar das famílias portuguesas.
O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — E a governação!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — É, pois, com isso que o Governo está preocupado.
Aliás, o Presidente da Galp já ontem, na Comissão de Assuntos Económicos, teve ocasião de dizer que não se trata de qualquer antecipação e que a empresa vai pagar, efectivamente, um novo imposto, tal como as restantes empresas petrolíferas que estiverem nas mesmas condições.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Este ano!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Trata-se de um imposto extraordinário, como disse aqui o Sr. Primeiro-Ministro, para acudir à situação extraordinária com que estamos confrontados.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Queira concluir, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Termino já, Sr. Presidente.
O Sr. Deputado Francisco Louçã «encantou» esta Câmara com uma proposta ad hoc de redacção jurídica de um preceito que deveria ter umas oito ou nove linhas» Mas não ç preciso tanto, porque a proposta de lei do Governo refere expressamente — vou repetir — o seguinte: a tributação autónoma não é dedutível para quaisquer efeitos na determinação do lucro tributável.
Vozes do PCP: — Este ano!
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Finalmente, Sr. Presidente, não queria deixar passar em claro a graça do Sr. Deputado Paulo Portas sobre a suposta «taxa ‗menino de ouro‘«. Uma coisa posso garantir-lhe, Sr. Deputado: com este Governo não terá qualquer «taxa Citigroup», isto é, qualquer operação de maquilhagem no défice, de que resultam agora encargos anuais equivalentes a 0,8% do PIB. Isso nunca terá!
Aplausos do PS.