17 | I Série - Número: 013 | 16 de Outubro de 2008
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Afonso Candal (PS): — » que não são positivos em política: V. Ex.ª veio a esta tribuna criticar o TGV, quando V. Ex.ª, em Viseu, é um daqueles que mais reivindica a construção do TGV — e bem! — e a ligação de Viseu a Aveiro ou, com nó em Aveiro, à linha Porto/Lisboa, com vantagem para Viseu e para toda a região Centro.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Afonso Candal (PS): — V. Ex.ª, hoje, veio aqui tentar mostrar serviço que não tem feito.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Henriques.
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Sr. Presidente, antes de mais, agradeço aos Srs. Deputados Helder Amaral e Afonso Candal as questões que colocaram e começo, exactamente, por responder ao Sr. Deputado Afonso Candal.
O discurso do Partido Socialista é um discurso de grande gravidade! V. Ex.ª ainda não percebeu a situação que se vive no País, ainda não percebeu que, ao longo destes três anos, o Governo foi, sistematicamente, adiando medidas que devia ter tomado e está a tomá-las agora para fazer campanha eleitoral.
Vozes do PSD: — Exactamente!
Protestos do PS.
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Por exemplo, o QREN deveria estar em vigor há dois anos e não está! Se as verbas do QREN estivessem a ser aplicadas há dois anos, conforme estava combinado, se calhar, a economia estava de forma diferente.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, peço-vos silêncio.
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Por outro lado, sabe de que é que o Sr. Deputado ouviu falar na tribuna? Peço-lhe que ouça com atenção: para além das dificuldades das empresas, há factores adicionais às dificuldades das empresas.
A Sr.ª Helena Terra (PS): — Há a inércia dos municípios! Pelo menos, de alguns!
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — E aquilo que se esperava do Governo era que, efectivamente, tomasse medidas de emergência para ajudar essas empresas.
V. Ex.ª sabe perfeitamente que o Estado deve às empresas para cima de 2000 milhões de facturas vencidas, ou seja, cerca de 1,5% do PIB. E, respondendo também ao Sr. Deputado Helder Amaral, esta teria sido uma excelente oportunidade para que, com o mesmo engenho com que veio aqui propor uma linha de crédito de 1000 milhões com recurso à garantia mútua, o Governo aqui viesse propor, por exemplo, um factoring, que permitisse às empresas descontarem essas facturas na banca e terem a liquidez necessária para continuarem a desenvolver a sua actividade. Era de medidas deste género que esperávamos, Sr. Deputado, e não da demagogia barata que traz a este Plenário, com argumentos que nada têm a ver com a situação real!!