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28 | I Série - Número: 024 | 11 de Dezembro de 2008

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, comecei por ouvi-lo falar sobre o crescimento em Portugal. Sr. Deputado, vou dizer-lhe uma coisa para a qual me comprometo: da próxima vez em que trouxer frases de altos responsáveis do Partido Socialista para aqui citar, também vou trazer essa, para não ficar com inveja em relação aos seus outros correligionários.

Aplausos do CDS-PP.

Portanto, Sr. Deputado, não fique preocupado porque vou também fazer uma colecção de citações suas para as poder trazer para aqui.
Sr. Deputado, permita-me um conselho: em relação a previsões, é preciso cautela, porque elas vão sendo constantemente ultrapassadas pela realidade. Portanto, Sr. Deputado, aconselho-o a ter alguma cautela.
Já agora, olhando para a realidade, aquilo que parece cada vez mais claro — e com certeza para o Sr. Deputado também! — é que a carga fiscal aumenta como nunca se viu em Portugal.
O Sr. Deputado falou do défice. Sabe quanto seria actualmente o défice se não tivéssemos tido o aumento de impostos que tivemos durante estes quatros anos? Estava próximo dos 5%. Isso é a demonstração do erro da política financeira que V. Ex.ª aqui tantas vezes vai defendendo! Sobre o défice, também é importante que possa ouvir aquilo que diz o Sr. Ministro Teixeira dos Santos, que já hoje referia que não se «atravessava» muito em relação àquilo que vai acontecer no próximo ano e que até podemos estar muito próximo dos 3%. Portanto, também em relação a essa matéria, cautela! Quanto à questão que colocou, Sr. Deputado, o que interessa não é a altura da saída. O que interessa é a altura da entrada de VV. Ex.as no poder, que o exercem já há quatro anos. A pergunta que se faz é sobre se a situação melhorou e a resposta continua sempre a mesma: a situação não melhorou.
Peguemos, como V. Ex.ª deu como desafio, nos números do desemprego. No fim de 2004, estavam na ordem dos 6,7%; no fim de 2007, na ordem dos 8%.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Dados anuais!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — São dados anuais de que o Sr. Deputado tanto gosta.
Na altura, os 6,7% eram uma grande tragédia social. O que serão, então, os 8% e, sobretudo, a dramática perspectiva de que o desemprego vai continuar a crescer em Portugal?! Sobre a matéria da recessão, tenho mais uma frase do Primeiro-Ministro, José Sócrates. Disse-a no dia 15 de Outubro de 2008: «O objectivo do meu Governo é que Portugal não entre em recessão, como alguns países europeus vão entrar». Esse objectivo é, hoje, muito claro: em menos de um mês, já caminha para não ser alcançado. E não dizemos isto com satisfação, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Dizemos isto devido à incapacidade de previsão do seu Governo e, fundamentalmente, pela incapacidade de encontrar soluções que este País tanto precisa para as famílias e para as empresas.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Victor Baptista (PS): — Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Victor Baptista, não me diga que vai utilizar a técnica tradicional da interpelação à Mesa!?