O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 | I Série - Número: 027 | 18 de Dezembro de 2008

Sr. Deputado, a realidade é que as medidas sociais que tomámos produziram efeitos na redução das desigualdades e grande parte dessas medidas não estão ainda aqui reflectidas. No ano de 2009, essa redução vai ser certamente ainda maior.
Sr. Deputado, o que fizemos foi um plano para reforçar o investimento público e também as políticas de apoio ao emprego.
Fomos o primeiro país da Europa a fazer um plano para defender o emprego no sector automóvel.

Protestos do PCP.

Os trabalhadores e os empresários sabem bem a ajuda que demos, a ajuda que todos os portugueses estão a dar, para defender um sector estratégico! E vamos fazer o mesmo naqueles sectores que estão a enfrentar dificuldades! A isto chama-se um Governo a fazer tudo o que está ao seu alcance para aguentar o emprego em sectores ameaçados e para promover a contratação. O Sr. Deputado sabe por que é que podemos fazer, agora, este esforço? Podemos fazer este esforço porque, durante três anos, pusemos as contas públicas em ordem e temos agora 0,8% do PIB com possibilidade de gastar a mais, não ultrapassando os 3%. A isto chama-se aproveitar a margem de manobra, que construímos com uma política de rigor.
O que é espantoso é que o Sr. Deputado não reconheça, por 1 minuto que seja, que o rigor financeiro no Estado dá condições ao Estado para intervir quando os portugueses precisam.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Espantosa ç essa resposta!»

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Este é o momento para intervir, este é o momento em que os portugueses e as empresas se voltam para o Estado à espera que o Estado ajude e intervenha! E nós intervimos agora, porque seguimos uma política de rigor nos últimos três anos, a bem de um Estado social que existe justamente para estas emergências.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, faz sempre um processo manipulador das palavras, na medida em que nós admitimos que a crise tem consequências. A diferença é que para o Sr. Primeiro-Ministro a crise não tem apenas as «costas largas«, tem as «costas todas«,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » significando que o Governo não tem nenhuma responsabilidade sobre o agravamento da situação nacional! Em relação à tal estatística, o Sr. Primeiro-Ministro fica contente com uma baixa de duas décimas! Em que lugar, diga lá, está Portugal no plano das desigualdades de distribuição do rendimento?

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Essa pequena baixa, diga lá, não foi alcançada atingindo, em particular, classes e camada intermédias? É neste sentido que consideramos que o Governo não está a falar verdade, nem a dizer toda a verdade.
Em relação à questão do emprego, passo a uma questão que me parece de grande pertinência.
O Sr. Primeiro-Ministro — sem ofensa — tem um pouco a cultura de Frei Tomás: gosta mais de ir olhando para o que se diz do que para o que se faz! Ora, nós temos experiências muito dolorosas em relação à sua