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27 | I Série - Número: 034 | 16 de Janeiro de 2009

torna fundamental, que é o direito a andar a pé em segurança, seja nas estradas nacionais que atravessam algumas das nossas vilas e cidades quer mesmo dentro das cidades. Porque se é verdade que o número de mortos diminuiu, o Sr. Deputado sabe tão bem como eu que o número de mortos que diminuiu em relação aos peões não é tão significativo quanto isso. O número que é significativo é o relativo aos acidentes em estradas de maior circulação e entre automóveis.
Portanto, a batalha, digamos assim, pelo direito do peão a andar a pé, em segurança, nas nossas cidades, é uma tarefa que se coloca com alguma emergência e várias medidas são necessárias — não vamos, agora, abordá-las todas —, desde as passadeiras com visibilidade para peões e condutores ao tempo de atravessamento nos sinais luminosos.
Portanto, pergunto como é que o Sr. Deputado encara esta questão e, mesmo por último, se também nesta lógica, o Partido Socialista equaciona uma revisão e alterações ao Código da Estrada.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Fão.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Helena Pinto, muito obrigado pelas suas questões, mas, permita-me que lhe diga, também não resistiu, para além de falar de segurança rodoviária, a falar também de política de investimento na infra-estrutura rodoviária»

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Não, não!»

O Sr. Jorge Fão (PS): — Nós temos ouvido, de uma forma geral, as oposições dizerem que o investimento na infra-estrutura rodoviária, se for um bom investimento — «Ah, sim, um bom investimento»!« — devemos prossegui-lo e devemos continuar».
Mas o que é um «bom investimento»? Ou, melhor dizendo, será que não é um bom investimento a melhoria da infra-estrutura rodoviária das estradas, em Portugal, no sentido de reduzirmos, intergeracionalmente o número de mortos no nosso país? Será que alguém põe em causa que um dos factores fundamentais da melhoria do ambiente rodoviário e da redução das vítimas da estrada não é efectivamente a melhoria da infra-estrutura, a progressiva evolução das nossas estradas nacionais para traçados em IP e IC? Bom, então, se é — e penso que isto é unânime e consensual —, certo é também que este tipo de investimento que o Governo decidiu fazer na infra-estrutura rodoviária, através das várias concessões, é seguramente um bom investimento, deste ponto de vista. Portanto, nada nos repugna dizer ou pensar, antes pelo contrário, que os encargos deste investimento devem ser distribuídos progressiva e intergeracionalmente, bem como também as gerações futuras devem beneficiar dos resultados deste tipo de investimento. Percebi que também não resistia a este comentário e eu faço aqui esta reacção à sua intervenção.

Protestos da Deputada do BE Helena Pinto.

Sobre os direitos dos peões e sobre a revisão ao Código da Estrada: a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária — volto a chamar a atenção para isto — entra em discussão pública hoje. Tem 30 dias para ser discutida e, portanto, para ser passível de contributos e sugestões, de notas e de comentários, que a devem melhorar.
O peão é tratado de uma forma significativa, no sentido de centrar a atenção nos seus direitos, nessa Estratégia, que deve redundar, quando aprovada, naquilo a que se chama a construção da Carta de Direitos dos Peões. É este um dos objectivos da Estratégia e espera-se evoluir nesse sentido.
É bom momento, portanto, durante os próximos 30 dias, e no debate político que aqui, seguramente, vamos ter, para dar bons contributos para melhorar esta matéria.
No que concerne à alteração ao Código da Estrada: pois é transversal toda a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária; em função das alterações que venham a ser ajustadas e aprovadas, aos vários métodos de funcionamento do sistema rodoviário em Portugal, pressupõe, na maior parte dos casos, alteração