13 | I Série - Número: 053 | 6 de Março de 2009
O Sr. Afonso Candal (PS): — Mas, já agora, deixaremos essas suas preocupações profundas para outra altura, sobre esta ou outras matérias.
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Diga lá! Diga! Não seja cobarde! Cobardia! Falta de vergonha!
O Sr. Afonso Candal (PS): — O que está aqui em causa é tentar criar, na área da energia solar, aquilo que já hoje é um dado adquirido na área eólica: é criar não só uma vantagem»
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Afonso Candal (PS): — » em termos do consumo de energias alternativas, em Portugal, como já acontece com a eólica e com a hídrica, também com a solar, mas também desenvolver clusters industriais,»
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Afonso Candal (PS): — » como já há para a eólica e tambçm para a hídrica, tambçm na área solar.
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Diga lá! Diga! Falta de vergonha!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Para isto, ninguém está excluído. Mas é bom que não se esqueça que os grandes desafios, como dizia o Sr. Ministro da Economia, são a crise económica que temos e a crise das alterações climáticas. E nós podemos «fazer o dois em um», esse é o objectivo deste Governo.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputado Afonso Candal, já ultrapassou largamente o seu tempo.
O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, as minhas desculpas.
Aplausos do PS.
O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Não voltas a falar assim comigo! Da próxima vez que falares assim comigo»
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Carlos Monteiro.
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Afonso Candal, questionou-me quanto ao papel que eu desempenhava neste debate. Sr. Deputado, devo dizer-lhe que estou muito tranquilo quanto a esse mesmo papel. O papel que o CDS desempenha, neste caso, é o de proteger a economia, a transparência do mercado, porque, sem essa transparência, não temos uma economia saudável.
Quanto ao papel que o Sr. Deputado desempenhou aqui, confesso que não gostaria de ter de desempenhá-lo. Foi o de tentar justificar o injustificável, sem apresentar uma única explicação, uma única justificação. E quanto ao triste papel que o nosso Governo desempenhou neste caso, Sr. Deputado, estamos todos esclarecidos.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Exactamente!
O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — O Governo lançou um programa com quatro entidades bancárias e duas empresas, excluindo todas as demais, com critérios que não são públicos nem transparentes, e as demais empresas do sector e a associação que reúne 90% das empresas desse sector protestaram e conseguiram travar o Governo.
Agora, o que gostava de saber é quantas empresas abrange hoje este programa, que foi lançado com uma enorme acção de propaganda, com pompa e circunstância. O Sr. Deputado sabe responder? Não sabe! Não consegue responder!