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23 | I Série - Número: 058 | 19 de Março de 2009

não quer estar paralisada, que quer estar à altura dos tempos e que quer defender o Estado social para que este seja válido hoje, como será válido no futuro.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, V. Ex.ª nunca explicou aos portugueses por que é que nessa reforma da segurança social exigiu sacrifícios e cortes apenas a uma parte; nunca foi capaz de explicar aos portugueses por que é que rejeitou propostas, designadamente do PCP, no sentido de os grandes grupos económicos, os lucros e as grandes fortunas darem uma contribuição para a sustentabilidade do sistema.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Por que é que foram os reformados e os trabalhadores por conta de outrem a pagar exclusivamente as alterações que fez ao sistema da segurança social? Em relação aos trabalhadores da função pública e do sector privado, o problema não residia no facto de os trabalhadores da Administração Pública serem reformados com reformas altas mas, sim, no facto de os trabalhadores dos sector privado serem reformados com reformas baixas. O que este Governo fez foi nivelar por baixo,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » foi atingir os trabalhadores da Administração Põblica sem beneficiar os trabalhadores do sector privado. E é por isso que discordamos da sua opção.
Sr. Primeiro-Ministro, mais uma vez, não refere um único argumento para impedir a concretização desta proposta de alargamento dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego, com esta preocupação de fundo (e não pense que isto é discurso de comício!): hoje, vemos muitos jovens que não sabem o que hão-de fazer à sua vida, pois são os primeiros e principais atingidos com essas alterações que os senhores fizeram na lei de atribuição do subsídio de desemprego.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Por último, Sr. Primeiro-Ministro, uma questão que tem alguma actualidade e cuja resposta pode delegar no Sr. Ministro da Economia e da Inovação porque não nos importamos»! Relativamente ao encerramento da fábrica da Opel, na Azambuja, soubemos agora que o Governo negociou com a multinacional General Motors — depois de o Sr. Ministro da Economia e da Inovação ter enchido o peito de ar para dizer: «vamos reivindicar uma indemnização de mais de 130 milhões de euros» — e que, em Junho do ano passado, num tribunal arbitral foi tomada uma decisão em que Portugal apenas beneficia de 17 milhões de euros, muito aquém daqueles compromissos que estavam inscritos pela multinacional.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Por que é que escondeu isto desta Assembleia? Por que é que escondeu isto da opinião pública? Por que é que fez este acordo, que prejudica Portugal, a economia nacional e os interesses de Portugal e dos portugueses? Explique-me lá, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PCP.