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46 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009

O Sr. Presidente: — Perdão, Afonso Candal.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, sei que as minhas brancas estão a avançar a forte velocidade, mas ainda nem tanto»

Risos.

Sr. Ministro da Economia, V. Ex.ª já fez referência aos problemas do PSD e da liderança do PSD, que está cansada, não tem ideias, tem dificuldade em passar a mensagem. Na verdade, o PSD só aposta nas renováveis, mas é nas renováveis internas, porque está constantemente em alterações internas, renovando-se constantemente, mas sem conseguir passar a sua mensagem.
E não consegue passar a sua mensagem desde logo porque parece evidente que quando a líder do PSD diz que a crise não pode ser um pretexto para o Estado intervir, ajudando empresas que estão em dificuldades, salvando postos de trabalho, é evidente que os trabalhadores dessas empresas, esses empresários, deixam de ouvir aquilo que o PSD diz, porque têm dificuldade e confiam no Governo para os ajudar a ultrapassar essas dificuldades.
Quando a presidente do PSD escreve em crónicas de opinião que as PME são a principal fonte das exportações, dizendo mesmo que é importante reforçar a capacidade financeira e o incentivo ao investimento nas pequenas e médias empresas, mas depois, nos seus discursos políticos se manifesta contra o apoio ao investimento nas empresas, porque isso no fundo é estimular o endividamento das empresas, é evidente que ninguém a ouve, porque não sabe o que é que ela vai dizer a seguir, que pode ser exactamente ao contrário daquilo que escreveu ou do que disse na véspera.
A aposta nas PME é uma realidade. E, Sr. Ministro, dizem que são as pequenas e médias empresas e empresários seus amigos?! Então, V. Ex.ª tem muitos amigos! Repita-nos, por favor, outra vez, o número de empresas que este Governo já apoiou! É possível que esses empresários se tenham tornado amigos, não do cidadão por si só, mas do Ministro e deste Governo, porque num momento de dificuldade foram ajudados.
Mas é evidente que não é uma questão de amizade. É uma questão de relevância do apoio às pequenas e médias empresas.
O mesmo acontece em relação aos sectores. Já aqui ouvimos hoje criticar o apoio que o Governo deu ao sector automóvel, de dialogar com esse sector! Já aqui ouvimos hoje criticar o apoio ao sector têxtil! Sr. Ministro, há outros sectores em dificuldade, nomeadamente o sector da cortiça. Tem havido um trabalho nesse sentido.
É evidente que nós sabemos que nem o PSD nem o CDS-PP estão muito preocupados com o sector da cortiça. Quem tem estado na liderança desses processos tem sido o PS: o PS local, o PS regional, o Governo do PS! É verdade! Mas pelo menos reconheçam que, não tendo VV. Ex.as qualquer empenhamento na resolução desses problemas, o Governo tem demonstrado esse empenhamento e que isso tem ajudado a manter muitas empresas com esperança no futuro e, acima de tudo, tem ajudado a manter muitos postos de trabalho.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Afonso Candal, agradeço a referência ao sector da cortiça, porque é um sector importantíssimo, em que Portugal é um líder mundial.
Temos oportunidade de aproveitar a crise para transformá-la numa oportunidade positiva para Portugal, para a nossa capacidade de exportação e para o sector.
Nesse sentido, já na próxima semana e na sequência de um trabalho extremamente estimulante e positivo com as associações do sector e com as empresas, vamos celebrar um acordo que não permite apenas ao sector reagir face à crise, mas que permitirá, esperamos todos, ao sector da cortiça ter a expressão correspondente ao seu potencial.