50 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009
O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, eu, mais uma vez, apesar de fazer todo o esforço, não consigo identificar qualquer pergunta na sua intervenção.
Vozes do PSD: — Ehh!»
O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sei, ou passei a saber, que desperto emoções em Deputadas e concluo que desperto emoções também em Deputados, porque são feitas uma série de afirmações, mas, quanto a pergunta, rigorosamente nenhuma.
O Sr. Deputado, agora, está a pretender mudar um bocadinho de rumo, porque também está no site do seu partido as suas intervenções em defesa das linhas de crédito. Como o Sr. Deputado sabe muito bem, as linhas de crédito têm uma cláusula que diz que essas linhas têm de ser usadas para crédito novo, não podem ser para renovar crédito antigo. Como o Sr. Deputado tem contacto com as empresas, ou devia ter, era muito fácil saber isso! Portanto, o Sr. Deputado está a tentar fazer uma pequena mudança estratégica no partido, que, talvez, tenha caído em desgraça» É como o Lin Biao, não ç?!» O Sr. Deputado começou por defender as linhas de crédito, mas, como a Presidente do seu partido veio dizer «Não. As linhas de crédito são péssimas. São só para os amigos, são para aumentar o endividamento da empresa!», está aqui a tentar fazer uma mudança estratégica. Pergunte às 800 empresas do distrito que o elegeu se gostam ou não das linhas de crédito. Tem 800 empresários, não me pergunte a mim! Tem, no distrito, 800 empresários que lhe podem dar a resposta por que é que me pergunta isso? Agora, há uma palavra sobre a qual devemos reflectir: a de que o Estado deve «avocar» o seguro de crédito. Será que também estão a convergir com as posições do CDS de que devemos nacionalizar a COSEC?! Devia dizê-lo. O que quer dizer quando refere «avocar»? É nacionalizar a COSEC? Já vimos o que o CDS quer fazer à Caixa Geral de Depósitos; agora, queremos saber o que o PSD propõe para a COSEC. Se é a nacionalização, vamos discuti-la, mas convém pôr esse assunto abertamente.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Almeida Henrique, tem a palavra.
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Sr. Ministro da Economia, quero dizer-lhe que, em relação à coerência do meu pensamento, falo eu. O senhor é que não pode falar pela coerência do seu pensamento!!
Vozes do PSD: — Muito bem!
Protestos do PS.
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Em relação à questão da Invest, de uma vez por todas, Sr. Ministro — e há vários meses que ando a fazer-lhe esta pergunta, inclusive, exibo-lhe factos, exibo-lhe cartas de bancos que mandam cartas às empresas a dizer: «V. Ex.ª tem aqui uma conta corrente caucionada, que está vencida.
Eu quero que a liquide imediatamente ou, então, recorro ao Invest III.» —, repito, Sr. Ministro, de uma vez por todas, responda aqui, na Câmara, responda perante os empresários, responda perante os portugueses onde é que está o dinheiro fresco injectado nas empresas através do Invest III.
A Sr.ª Rosário Cardoso Águas (PSD): — Foi, isso sim, segurança para a banca!
O Sr. Almeida Henriques (PSD): — Quando o Sr. Ministro me responder a esta questão, eu nunca mais falo nesse assunto. Até lá, vou falar sempre que tiver oportunidade.
Vozes do PSD: — Muito bem!