55 | I Série - Número: 060 | 21 de Março de 2009
O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Helder Amaral, no que diz respeito às linhas de crédito, é necessário que as empresas tenham balanço organizado e contas que apoiem a decisão de um banco. Empresas sem balanço organizado ou sem contas, nestas circunstâncias, são mais candidatas, diria, a apoios do tipo «capital de risco» ou equiparado.
Por isso mesmo, não se justificam, de forma alguma, nas medidas apresentadas pelo CDS, os comentários feitos relativamente ao capital de risco. Quando os senhores estavam no Governo, o capital de risco era residual, era pouco, atingia pouquíssimas empresas; depois, aumentou; e, agora, aumentou muito substancialmente. Em capital de risco, seja para a indústria ou para o turismo, seja em fundos de investimento imobiliário, seja em fundos para apoiar operações de concentração, ou seja, de fusão e de aquisição, estão, neste momento, disponíveis cerca de 400 milhões de euros.
Portanto, sugeria que para a próxima, em vez de utilizarem a «metodologia Bimby», se informassem, porque a atribuição destes 400 milhões de euros foi aprovada neste Parlamento. Logo, bastava recordaremse, nem era preciso lerem os jornais mas, sim, verem o que aqui tinha sido aprovado.
Aplausos do PS.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — E a resposta? Não há resposta?!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Helder Amaral.
O Sr. Helder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, sobre a Quimonda e o projecto de energia das ondas deu «zero» respostas.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Já respondeu!
O Sr. Helder Amaral (CDS-PP): — Sr. Ministro terei todo o gosto em ir consigo visitar as tais 20 000 empresas que já têm apoios, mas, se for como o caso que vou referir agora, não conte com o CDS.
Uma empresa de Braga, com projectos aprovados para o MODCOM desde 2006, com pedidos de visita do Sr. Secretário de Estado, porque se tratava de um projecto inovador, está desde 2006 sem receber os apoios.
Primeiro, porque a delegação do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) mudou de sítio; depois, porque era precisa mais documentação; a seguir, porque recorreram a uma empresa de outsourcing para tratar da documentação» Estamos em Março, Sr. Ministro, e esta empresa, porventura como muitas outras que recorrem aos tais falsos apoios, aos tais programas que são sempre corrigidos depois de confrontados com a realidade,»
Vozes do CDS-PP: — Exactamente!
O Sr. Helder Amaral (CDS-PP): — » ou como alguns sectores que o Sr. Ministro inaugura com pompa e circunstância, porque são grande panaceia para a inovação e o avanço de Portugal em matéria de energias renováveis, na realidade, apresentam dificuldades.
Fazia muito gosto em que a Quimonda fosse salva. O Sr. Ministro é que disse, em tempos, que não precisava da Europa para a salvar, que havia chineses interessados. Agora, pelos vistos, já tem que ter a ajuda da Europa!» Sr. Ministro, nem sequer nos consegue dar uma linha de rumo, referindo que os apoios e os projectos têm estes objectivos, foram aplicados desta forma e os resultados são estes. São três questões simples.
Dei-lhe este exemplo do MODCOM — não lhe digo o nome da empresa mas, no final, se precisar, dou-lhe a correspondência que foi trocada com o IAPMEI — e gostava de saber quantos mais casos existem como este.
Aplausos do CDS-PP.