O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

33 | I Série - Número: 064 | 3 de Abril de 2009

A Sr.ª Paula Barros (PS): — » tendo essa diminuição sido, no 12.ª ano, de 50,6% para 35%.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso chama-se manipulação estatística!

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Com certeza que esta diminuição tem a ver com os discursos da Sr.ª Deputada Ana Drago e nada tem a ver com as políticas do Governo, com o alargamento das ofertas educativas e com uma escola a responder muito mais àquilo que são os interesses específicos dos alunos»! Por outro lado, temos aqueles que condenam o reordenamento da rede educativa, como se conhecessem uma realidade que não é a deste país, mas, sim, uma realidade de um qualquer outro país. Porque quem conhece a realidade deste país sabe o quão frustrante era ir a uma escola do 1.º ciclo, num qualquer local, e encontrar uma professora com um aluno a justificar-se, porque nem a sala de aula ocupava, tinha de ocupar a salinha de apoio.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Acha que são essas situações que se criticam?!

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Mas que espécie de educação é que nós pretendemos?! Esquecem também, e preferem não os referir aqui, aqueles alunos que ficavam a tomar a sua refeição, a seco, no muro da escola, enquanto havia outros colegas que eram transportados pelos carros dos pais para irem almoçar a sua casa ou a um qualquer restaurante.
Portanto, a generalização das refeições no 1.º ciclo e a oferta e generalização das actividades de enriquecimento curricular, como um verdadeiro motor de igualdade de oportunidades, não interessam? Isso não interessa em termos de política educativa?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Discutam os assuntos de substância!

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Isto não é escola pública?! Nós sabemos como seria a escola pública que teríamos se, por acaso, os senhores tivessem responsabilidades.

Aplausos do PS.

E, no que diz respeito ao PSD, que aqui traz três grandes elos, três grandes eixos para a sua intervenção, começando logo pela instabilidade, pela conflitualidade, será que a sua memória é tão curta que se esqueceu do concurso de professores que protagonizou em 2004?! Um concurso de professores em que eram colocados dois, três e quatro professores no mesmo horário?! Um concurso de professores que não permitia que as escolas arrancassem com as aulas de maneira nenhuma?! E permitem-se, arrogam-se vir falar aqui de instabilidade!»

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Podemos falar de erros informáticos!

A Sr.ª Paula Barros (PS): — Falam de facilitismo, mas passaram pelo governo sem aplicarem o culto do trabalho, o culto da exigência, o culto do rigor! E nem sequer conseguem aqui pedir desculpa por se terem enganado em relação a um conjunto de diplomas que visaram exactamente mais exigência, mais rigor, mais avaliação de escolas, mais avaliação de alunos, mais avaliação de professores e mais trabalho. Os resultados só se produzem com trabalho, Srs. Deputados!

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, peço-lhe que conclua!

A Sr.ª Paula Barros (PS): — A escola pública tem de ser uma escola de qualidade, uma escola exigente, uma escola responsável, uma escola rigorosa. E isto faz-se com trabalho e, de facto, com avaliação.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já excedeu largamente o seu tempo.