27 | I Série - Número: 067 | 16 de Abril de 2009
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Este foi o Governo que prometeu 150 000 postos de trabalho e que, à calada, andava a liquidar e tem a perspectiva de liquidar, no total, durante a Legislatura, 100 000 postos de trabalho na Administração Pública!» Isto é enganar o País!! Isto não é falar verdade!! Isto, desculpe, Sr.
Ministro, ç malandrice»
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Da mais reles!
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — » por parte do Governo!!
Protestos do PS.
É verdade, Srs. Deputados! Os Srs. Deputados sabem disto! Portanto, aquilo que exigimos é a revogação imediata dessa perspectiva de liquidação de mais 56 000 postos de trabalho na Administração Pública. O Governo tem de dar o exemplo na manutenção e na criação de postos de trabalho.
A terceira medida é a da criação de um imposto sobre as grandes riquezas, de modo a que este país, num momento inevitável do investimento público, possa ter uma alavanca também para o investimento privado e de modo a que possa perspectivar um desenvolvimento e um crescimento imediatos e a curto prazo em relação a esta situação.
É verdade, Sr. Ministro, o País precisa de recursos! Por isso, já que tem algum tempo para responder, talvez possa informar esta Câmara — para além de dar respostas em relação às questões que coloquei e em relação às questões que tenho colocado em sucessivos debates sem obter qualquer resposta — sobre a razão por que o Governo não tem a coragem, neste momento difícil para o País, de criar um imposto sobre as grandes riquezas. Por que é que as pessoas neste País não contribuem em função da sua capacidade de contribuição, daquilo que verdadeiramente têm e por que é que são sempre os mesmos sacrificados a quem o Governo pede sempre os mesmos sacrifícios? Responda-nos, por favor, a esta questão, Sr. Ministro. O País precisa urgentemente de medidas e também destas respostas.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Seguro Sanches.
O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados, de repente, o Banco de Portugal passou a ser, para o CDS-PP, uma «fonte credível». Bemvindos! É bom que assim seja porque a maior crise financeira e económica mundial está aí!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Ah!, agora já há crise»!
O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — É, garantidamente, a maior dos últimos 80 anos! E, ao contrário de alguns, que ficam, no período pré-eleitoral, menos conscientes daquilo que é o interesse nacional, estamos bastante preocupados com o tema, mesmo muito. Mas estaríamos mais preocupados, Sr.as e Srs. Deputados, se tivçssemos um Governo como aquele que, em 2004, apoiou apenas 1503 pequenas e mçdias empresas,»
Vozes do PS: — Bem lembrado!
O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — » quando este ano, de Janeiro a Abril, foram já apoiadas, por este Governo, mais de 22 000.
Aplausos do PS.
Estaríamos também mais preocupados com uma situação em que se apregoava uma crise, que era apenas criada pelo Governo do PSD e do CDS, e se aumentava o IVA de 17% para 19%.