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30 | I Série - Número: 067 | 16 de Abril de 2009

Sr. Ministro, é por causa da crise internacional que as linhas de crédito criam dificuldades às empresas para a elas acederem, como a necessidade de terem lucros nos últimos três anos, quando as empresas em início de actividade não os conseguem ter e, como é evidente, isso ainda é mais difícil em altura de crise?!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Ministro, é por causa da crise internacional que os senhores têm uma gestão política errática em relação à matéria da crise?! Sr. Ministro, é por causa da crise internacional que os senhores continuam a falar de investimentos públicos, megalómanos, quando o que seria necessário eram programas mais modestos mas, com certeza, mais eficazes?! E nós temos aqui falado, várias vezes, da questão das pontes e da sua segurança.
Sr. Ministro, é por causa da crise internacional que temos um código contributivo, proposto por VV. Ex.as, que alarga a base tributária e cria uma tributação de mais 3% nos contratos a termo?! Tudo isto é por causa da crise internacional, Sr. Ministro?! Não é, Sr. Ministro! Parece-me, Sr. Ministro, que é pelos erros de VV. Ex.as e é isto que querem esconder!

Aplausos do CDS-PP.

Mas também é essencial que, durante este debate, o Sr. Ministro responda a algumas questões.
Diga-nos, Sr. Ministro: qual vai ser o número do desemprego durante este ano? Tínhamos um número do desemprego quando a economia iria decrescer 0,8%; e, agora, com 3,5%? É obrigação do Governo dar esse número!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Ministro, diga qual será o valor do défice no fim do ano. Tínhamos um défice previsto com 0,8% e, agora, mantêm-no? Não vão modificar esse número? E diga-nos, Sr. Ministro, quando é que vão apresentar aqui, no Parlamento, um orçamento rectificativo? É este o conjunto de perguntas que fazemos e esperamos que V. Ex.ª não venha dizer que não é capaz de responder.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Verifiquei que, de diferentes bancadas, várias vezes se usou a palavra «verdade». Pois, apliquemo-la! Não a digamos apenas, apliquemo-la!

O Sr. Honório Novo (PCP): — É verdade!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Ora, a verdade é que esta crise é uma crise internacional. A última previsão da OCDE, para o conjunto da Zona Euro, é a de um crescimento negativo de 4,1%. Esta é a melhor prova de que as causas da crise não são endógenas à economia portuguesa.
A economia portuguesa, que é uma economia aberta e integrada no espaço europeu e, em particular, no espaço da Zona Euro, sofre os efeitos de uma crise económica de dimensão mundial. E não é verdade que o termo de comparação esteja em 1965. Não! O termo de comparação da actual crise económica mundial está mesmo nos anos 30 do Séc. XX! Também não é verdade que Portugal não se tenha preparado, que não esteja hoje mais bem preparado do que estava há quatro anos atrás para enfrentar as dificuldades da presente conjuntura. Tivemos o mais baixo défice da nossa história democrática (2,6%) em 2008!