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22 | I Série - Número: 067 | 16 de Abril de 2009

Entre 2002 e 2004, a economia portuguesa cresceu, em termos acumulados, 1,5%; já no período de 2005 a 2009, contando com o cenário do Banco de Portugal ontem apresentado, o crescimento acumulado será de 0,7%, ou seja, menos de metade do registado na Legislatura anterior, com uma duração bem mais curta!

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — E ainda há pior, Sr. Presidente e Srs. Deputados: como ontem confirmou o Banco Central, o nosso País só ultrapassará a crise internacional depois da Europa, lá para 2011» Ou seja, 2010 será, tal como 2009, um ano mau para os portugueses. E, depois da crise internacional, o que já é claro para todos é que Portugal, se não mudar de política, continuará em crise. Uma crise interna em que já se encontra há vários anos e que o fracasso da política deste Governo mostrou ser incapaz de vencer, um Governo que se agarra como uma lapa à desculpa da crise internacional mas que é uma «desculpa de mau pagador».

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — É que se a crise atirou com a economia global para baixo, mesmo sem a crise, Portugal nunca conseguiu, nos últimos anos, acompanhar a Europa, ficando sempre para trás, mais pobre, mais endividado, mais injusto, com muito mais desempregados.
Esta é que é a verdade, que o Governo tentou sempre esconder, avançando, em todos os anos desta Legislatura, com cenários optimistas, números irrealistas e uma pretensa robustez da economia. Tudo sempre desmentido pela realidade!

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Termino, recordando que um governo responde, naturalmente, pelos resultados que alcança — os resultados são fundamentais, claro. Mas a um governo deve exigir-se, também, que fale sempre verdade.
Ora, o Governo de José Sócrates não só não obteve, objectivamente, bons resultados — aliás, obteve péssimos resultados — , como nunca falou verdade aos portugueses.

O Sr. Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — E, por isso, salta à vista de todos que não mostrou estar à altura de conduzir os destinos de Portugal.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — A Mesa solicita aos Srs. Deputados que não puderam sinalizar electronicamente a presença na verificação do quórum o favor de o fazerem presencialmente junto dos serviços de apoio, à vossa esquerda.
Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Sr.as e Srs. Deputados: Pior do que as estimativas do relatório do Banco de Portugal, que são negras para o futuro da nossa economia e para o emprego e desmotivadoras das expectativas dos agentes económicos, são as próprias afirmações do Sr. Governador do Banco de Portugal, ao dizer que, muito provavelmente, a realidade será pior do que a estimativa. É exactamente com essa responsabilidade e com esse rigor que, hoje, devemos discutir a actualidade da economia.
Em primeiro lugar, o Governo deveria ter uma posição de abertura, de humildade e de reconhecimento da realidade, porque, há menos de um ano, perspectivou um crescimento positivo quase a dois pontos, aquando