O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16 | I Série - Número: 078 | 9 de Maio de 2009

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — » que são migalhas que oferece ás pessoas quando lhes retira os verdadeiros direitos.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Velosa, ainda estou à espera que «anime» este debate, porque, em boa verdade, acho que a sua tentativa foi falhada, não resultou.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Eu, pelo menos, animei-me bastante!»

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Eu estava a vê-lo um pouco naquela situação do comediante que está em cima do palco a tentar fazer rir a audiência e a não conseguir!»

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Há quem faça rir mais»!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado, gostaria de salientar alguns aspectos.
O Sr. Deputado fala em voluntarismo do Governo.
Em boa verdade, o que tem havido é uma atitude determinada de intervenção, de acção e de resposta à crise, o que contrasta inteiramente com a atitude dos então responsáveis do PSD que, numa recessão injustificada pela conjuntura internacional em 2003, achavam que o melhor era não fazer nada, e isso foi dito.
Ora, este Governo não partilha dessa perspectiva de que o melhor é sentarmo-nos e esperar que a crise passe. Não! O Governo tem consciência da gravidade da crise internacional, dos riscos que coloca sobre as nossas famílias, em particular as famílias mais desfavorecidas, dos riscos que o agravamento do desemprego implica para muitos milhares de portugueses e dos riscos que implica para as empresas esta conjuntura internacional dificultando a manutenção da sua actividade e, consequentemente, a manutenção do emprego.
Por isso mesmo, este Governo decidiu intervir, e está a fazê-lo em boa hora. Está a intervir, injectando uma procura adicional na economia para poder contrariar a redução da procura quer do exterior, via exportações, quer interna, designadamente via investimento.
Num quadro em que o investimento e as exportações estão a cair e o consumo a desacelerar, se não houver um estímulo da procura por parte do Governo, a situação seria bem pior. Isto é dito por todos os economistas, isto é reconhecido por todos os responsáveis da política económica nos países afectados por esta crise.
Por isso mesmo, este Governo apresentou, no início deste ano, uma iniciativa envolvendo investimentos adicionais em áreas cruciais para o futuro da nossa economia, a saber, no domínio da energia, no domínio das telecomunicações, na melhoria dos equipamentos escolares; apoiou, também, a iniciativa privada procurando dar estímulos fiscais ao investimento e fomentar melhores condições de crédito às empresas, apoiando a exportação; apoiou, ainda, as empresas na criação de emprego e as famílias que estão no desemprego.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Vê-se o resultado do investimento!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Gostaria de salientar que tudo isso que está a ser feito, tudo isso está no terreno para que possamos, de facto, resistir da melhor maneira a esta situação de crise.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Falso!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Só não quer ver quem politicamente quer ser cego e tirar partido da crise para efeitos eleitorais. Não tenhamos ilusões quanto a isso!

Aplausos do PS.