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25 | I Série - Número: 078 | 9 de Maio de 2009

Ora, todo o País já percebeu que é preciso alterá-lo e que o Estado anda a poupar, através do Orçamento do Estado, com a alteração das regras do subsídio de desemprego e a mandar essa poupança para outros lados, não beneficiando aqueles que verdadeiramente precisam e que não têm apoios sociais. É isto que é preciso encarar.
Não vale a pena estarmos a falar dos outros países, a dizer que os outros andam sempre piores — quando não é bem assim! — e que nós, no nosso mal, atç estamos melhor do que alguns» Não ç isto que os portugueses querem saber, até porque essa avaliação é muito subjectiva. Os portugueses querem os seus problemas resolvidos e que o Governo seja responsável para resolver esses problemas. Caramba, Sr.
Ministro,»

Vozes do PS: — Caramba?!

A Sr. Heloísa Apolónia (Os Verdes): — » estamos num País com 2 milhões de pobres, estamos num País com as maiores assimetrias entre os mais ricos e os mais pobres! Os senhores estão a rir-se face a esta realidade desinteressante e preocupante do País.
Qual é o verdadeiro problema deste País? Nem este Governo nem os governos que o antecederam tomaram como objectivo o combate a esta realidade. Este é o verdadeiro problema.
Os senhores andam permanentemente a acentuar esta realidade da desigualdade social no nosso País, mas os senhores não têm a coragem, nestes tempos difíceis, de criar, por exemplo, um imposto sobre as grandes riquezas. Os senhores não querem tocar nos ricos e quem são os verdadeiros sacrificados destas vossas políticas, destas vossas orientações e destas vossas opções são sempre os mesmos! Neste País os trabalhadores são pobres! É isso que as estatísticas nos indicam. Os desempregados são pobres! Portanto, neste País há uma massa de gente, que são sempre os mais fragilizados e que o Governo sempre finge que ajuda, que, na verdade, é atacada. Aos ricos vão «enfiando o dinheiro nos seus bolsos» e esses, impávidos e serenos, vão conseguindo orientar-se. Basta olhar para os lucros dos grandes grupos económicos neste País e para quem o Governo tem orientado os seus milhões de ajuda, designadamente para a banca.

Aplausos do Deputado de Os Verdes José Luís Ferreira e de Deputados do PCP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Sr. Deputado Victor Baptista tem toda a razão quando aponta para um conjunto de iniciativas importantes, no meu entender, de apoio social e, consequentemente, de combate à pobreza, à exclusão e políticas que permitem introduzir elementos de equidade e reforçar o carácter redistributivo das nossas políticas.
Devo dizer que não tenho memória, nas últimas dezenas de anos, neste País, de um governo que tenha promovido tantas iniciativas e políticas tão importantes no domínio social como este.
Recordo o aumento, sem precedentes, do abono de família nos 1.º e 2.º escalões; o alargamento da acção social escolar para muitos milhares de crianças,»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Já estou farto desta cassete!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » que passou de cerca de 250 000 beneficiários para 550 000, ou seja, mais do que duplicou esse apoio; o complemento social para idosos; no domínio da saúde, os cuidados de saúde continuados, a melhoria dos cuidados de saúde, etc., etc.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Melhoria?! Onde é que está essa melhoria?!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Todas estas são políticas fundamentais no sentido de combatermos as desigualdades sociais.