14 | I Série - Número: 079 | 14 de Maio de 2009
seja em termos da sua tesouraria quer seja no reforço do apoio ao investimento. Mas é, de facto, mais um passo que, certamente, não deixará de ser registado pelos empresários, porque é sabido que é um dos seus maiores problemas — e, uma vez mais, o Governo mostra que está atento.
Eu não sei se o Sr. Deputado Francisco Louçã será também contra esta intervenção do Estado.
O Sr. José Junqueiro (PS): — Claro!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Porque, ao que parece, hoje, o Sr. Deputado Francisco Louçã, ao contrário do seu discurso, afinal, é contra a nacionalização do BPN.
O Sr. José Junqueiro (PS): — É contra tudo!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Não foi isso que disse na altura, independentemente do seu sentido de voto, porque «não batia certo a bota com a perdigota«, mas tambçm já nos habituámos a assistir a isso»!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Essa é boa!...
O Sr. Afonso Candal (PS): — Agora, pelo seu discurso, ficámos a saber que V. Ex.ª não só é contra a nacionalização do BPN — e, então, era bom que explicasse qual seria o futuro do BPN — como também é contra as garantias que o Estado tem dado na área financeira, ou seja, V. Ex.ª parece também ser contra a garantia que é dada pelo Estado português aos depositantes das instituições financeiras nacionais. Ou será que V. Ex.ª é contra e impediria qualquer tipo de actuação, por parte de instituições financeiras ou do próprio Banco de Portugal, para evitar a falência de bancos e, porventura, para evitar a ruptura do sistema financeiro português?!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é que é demagogia! Falta de seriedade!
O Sr. Afonso Candal (PS): — V. Ex.ª nada faria, deixaria cair tudo, deixaria que se perdessem as poupanças dos portugueses e as poupanças das empresas?!
Aplausos do PS.
É porque, Sr. Deputado, uma coisa é dizer que, porventura, deveria haver mais esta ou aquela medida, mas aquilo que V. Ex.ª, hoje, disse aqui foi que é contra aquilo que o Governo fez para salvaguarda do sistema financeiro português, porque — disse o Sr. Deputado — se gastou muito dinheiro.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Ohhh»!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Isto quando V. Ex.ª sabe muito bem que aquilo que foi feito foi criar sistemas de garantias que se espera que atç possam ter resultados positivos»
O Sr. Fernando Rosas (BE): — Haja mais seriedade!
O Sr. Afonso Candal (PS): — » mas que têm, pelo menos, um custo mínimo para o erário põblico.
O Sr. Francisco Louçã (BE): — Para o Rendeiro!
O Sr. Afonso Candal (PS): — Já no que respeita aos apoios sociais e aos apoios às empresas, também aqui, há uma lógica de garantia e de apoio, porque o que se espera, o que se pretende é que as empresas beneficiem destes apoios, como todas as instituições financeiras, para poderem recuperar a sua situação, não tendo, nunca, de ser executadas as garantias.