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17 | I Série - Número: 083 | 22 de Maio de 2009

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Economia, a proposta da administração da Autoeuropa é muito clara: quer reduzir a laboração a um único turno, com perda de subsídio, e entrar em layoff a partir de 17 de Agosto até Julho de 2010. Ora, a consequência desta proposta significa despedimentos, significa corte de direitos, significa despedir imediatamente mais de 250 contratados.
A administração da Autoeuropa, neste processo, mostrou-se intransigente e de má-fé. A administração da Autoeuropa está a violar o Código do Trabalho em vigor. Perante isto, o Sr. Ministro diz-nos que é preciso «arregaçar as mangas», fazer trabalho, manter a fábrica competitiva.
O que lhe pergunto — e, hoje, o senhor tem que aqui responder — é: isto significa exactamente o quê? Significa que o Ministro da Economia está de acordo com a proposta da administração da Autoeuropa ou, pelo contrário, o Ministro da Economia deveria ver esta empresa não apenas nos 2% que representa em todo o Grupo mas, sim, nos 10% de exportações que representa em Portugal, porque esse tem sido o seu argumento e a sua bandeira. Mas, hoje, o Sr. Ministro vira-nos aqui a argumentação, dizendo que são só 2% no Grupo Volkswagen. E em Portugal não representa 10%, Sr. Ministro? Não aceitamos esta chantagem sobre os trabalhadores.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E não nos venha falar, Sr. Ministro, em responsabilidade. Responsabilidade têm demonstrado aqueles trabalhadores sempre; responsabilidade estão os trabalhadores a demonstrar hoje.
O Ministro da Economia tem de dizer claramente de que lado está, porque não se pode ficar por competitividade no vago, porque o que aqui nos quer dizer é que está do lado da administração, e isso o Bloco de Esquerda não aceita.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Mariana Aiveca, a minha resposta sobre de que lado estou é muito clara: estou do lado da criação de emprego. É do lado da criação de emprego que eu estou.
Mas uma coisa é certa: quando uma economia tem de competir no mercado global, se não é capaz de apresentar os mesmos argumentos que os seus concorrentes,»

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Baixando os salários?!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » corre um sçrio risco relativamente a concorrentes que apresentam soluções de maior competitividade. Quero ser muito claro: eu acredito nos trabalhadores da Autoeuropa,»

O Sr. Presidente: — Sr. Ministro, poder falar um pouco mais alto?

Risos.

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » acima de tudo, na defesa do seu emprego, no bemestar das suas famílias e na manutenção, em Portugal, deste projecto tão importante.
O Sr. Deputado Carlos Poço comparou a crise de 2004 com a actual, esquecendo uma coisa muito simples: a de 2004 foi por culpas próprias e a crise de 2007/2008 é totalmente causada por factores externos,»

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ó Sr. Ministro!»