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24 | I Série - Número: 089 | 5 de Junho de 2009

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Vaz (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.
Devo recordar que a autarquia de Oliveira de Azeméis — que é, eventualmente, a autarquia mais importante afectada por este projecto — é favorável à posição assumida pelo Governo e pela Estradas de Portugal, a qual foi aprovada, por unanimidade, quer na Assembleia Municipal quer na Câmara Municipal.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Luís Vaz (PS): — Isto é um facto.

O Sr. Presidente: — Queira concluir.

O Sr. Luís Vaz (PS): — Sr.ª Deputada, aconselhá-la-ia a que, de futuro, se dedicasse às questões importantes de ambiente, que este Governo tem resolvido, e deixasse para trás as minudências, a «mercearia», que nada de digno trazem para bem da democracia e do País.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Vaz, desconfio que, para além da simpatia pessoal, o Sr. Deputado e, eventualmente, outros Deputados do Partido Socialista nutrem grande simpatia pelas posições políticas que Os Verdes aqui têm apresentado.

Protestos do PS.

Só que muitos não terão coragem de o dizer.
Também podia devolver-lhe a acusação, dizendo que o Sr. Deputado está sempre, sempre, sempre, a favor do que está errado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Bem visto!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sempre! Andamos sempre nisto! Sr. Deputado, lamento, mas, de facto, a vossa sensibilidade para as matérias ambientais é de tal ordem que consideram os estudos de impacte ambiental — que deveriam ser o principal instituto da política de ambiente — questões menores. «São questões menores», dizem! São também questões menores os planos de poupança e de redução nas áreas dos resíduos, da água, da energia? É uma questão menor a sua não aplicação, o facto de eles não estarem a dar resultado absolutamente nenhum? Olhe, o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água foi aprovado em 2005. Já lá vão quatro anos.
Quais são os resultados? O Sr. Deputado sabe, mas mais ninguém sabe. Não há! Porquê? Porque a lógica do Governo não foi a de poupar água mas, sim, a de mercantilizar a água!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Por que é que a Lei-Quadro da Água não foi enfiada na gaveta e sim o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água? Está a ver, não é, Sr. Deputado? Porque a LeiQuadro da Água mercantilizava, era a negociata, recusava a visão da água como um direito!

O Sr. Luís Vaz (PS): — A água é pública!