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II SÉRIE-B — NÚMERO 162

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actividade. No entanto, não se lembra de ter ido a alguma reunião do BPN SGPS. Na mesma reunião, o Dr. Dias Loureiro esclareceu que o BPN tinha uma parte financeira, que era o BPN SA, depois tinha um conjunto de financeiras, que eram o BPN Crédito, a Real Vida, a Real Seguros, e por aí fora, enfim, factoring, leasing. E

tudo isso estava num ‗chapéu‘, apenas formal, para consolidar, que era o BPN SGPS. Enquanto administrador, o Dr. Dias Loureiro fica responsável pelas áreas da saúde e dos cimentos.

Mantém as funções que no âmbito da Plêiade desempenhava na Inapal (componentes automóveis) e continua como presidente da Redal (saneamento líquido e electricidade), empresa de Marrocos. É-lhe atribuída a presidência da SLN Novas Tecnologias, no âmbito do Grupo SLN.

Quando chega ao Grupo SLN, o Dr. Dias Loureiro propõe a contratação do Dr. Daniel Sanches e o Dr. Bernardo Lencastre, o que veio a acontecer, propõe ainda a contratação de Alejandro Agag, cidadão espanhol.

Apesar de integrado no Grupo SLN, o Banco Efisa permaneceu com uma gestão autónoma, que é, aliás, condição e essência da sua actuação enquanto banco de investimentos, sendo a única sociedade integrada no Grupo SLN a cujo conselho de administração não presidia — nem veio a presidir — o então presidente do conselho de administração da SLN, Dr. José Oliveira e Costa. O Presidente do Banco Efisa, sempre o foi e ainda é o Dr. Abdool Vakil.

Recorde-se que em 20 de Outubro de 2005, o BPN foi alvo de uma investigação no âmbito da ―Operação Furacão‖, processo que corre os seus termos e tem como objecto a investigação de crimes de fraude e

branqueamento de capitais. Saliente-se aqui que na audição na Comissão de Inquérito ao senhor Ricardo Pinheiro, realizada em 15 de Abril do corrente ano, este confirmou que na véspera, durante a noite, antes de começarem as buscas ao BPN, houve uma acção de retirada de informação que estava na sede do banco, designadamente os processos de abertura de contas dos clientes todos das estruturas BPN Cayman e BPN IFI e os processos de crédito que lá estavam connosco também dessas duas estruturas e registos das operações informáticos, documentação esta que seguiu em contentores para Cabo Verde.

Em 2005 é efectuada uma inspecção do BP ao BPN que culmina na reunião, a 24 de Fevereiro de 2006, do Vice-Governador António Marta com os Conselhos de Administração do BPN, SLN, e auditores (ver capítulo sobre a supervisão).

No final dessa reunião o BPN foi avisado que seria sujeito a uma nova inspecção a iniciar-se em Setembro desse ano. No seguimento desta reunião foi criada uma ―task-force‖ para lidar com as questões e preparar a vinda da próxima inspecção.

No final de 2006 realiza-se a venda da ERGI, tendo alguns accionistas reparado que as mais-valias anunciadas publicamente eram diferentes das referidas no Brasil (ver negócio da ERGI).

Em 2007 começa a ser referido, entre a administração e os accionistas, a preparação para uma futura colocação do BPN em bolsa (IPO). Vários elementos, que depuseram nesta Comissão, referiram que as contas do BPN não suportariam a análise da consultora (Morgan) que seria contratada para preparar o IPO.

Em face das pretensões de cotação em bolsa do BPN, em Maio de 2007, numa reunião havida entre o vice-governador do BP, o Prof. Dr. Duarte Neves, com os órgãos sociais do Grupo, foi dito que o BP se oporia à intenção do BPN de abrir o capital e ir para a Bolsa.

Segundo a Dr. Clara Machado, ―tinha havido uma reunião, creio que em Maio de 2007, com a

administração do BPN e, face a vários problemas que tinham sido identificados, o Sr. Vice-Governador Duarte

Neves transmitiu que o Banco de Portugal não seria favorável ao IPO e que havia um conjunto de informação,

que ainda estava em falta, de dossiers que tinham sido solicitados – aliás, isso deu origem a essa reunião –, e

que foram sendo recebidos e informação nova que foi pedida‖. A 24 de Abril, em Conselho Superior, foi comunicado aos accionistas que o IPO estaria a ser preparado

mas ainda não era definitivo, tendo vários accionistas começado a questionar esta decisão e a actuação do Dr. Oliveira e Costa.

Em Junho, o BP envia um e-mail a questionar sobre possível a ligação, exposição, do Banco Insular ao BPN.

A 4 de Agosto, ―três pessoas deslocaram-se ao Algarve para falar com o Dr. Oliveira Costa sobre a necessidade da mudança de governação. (…) o Eng.º Francisco Sanches, o Sr. João Abrantes e o Eng.º José

Augusto Costa, filho do então presidente, que lhe transmitiram a necessidade de mudança da governação. E