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24 | I Série - Número: 006 | 25 de Setembro de 2010

empresas são aquelas que neste momento estão a ser mobilizadas, e aos mais diferentes níveis, para que este projecto possa ser concretizado.
Atenção, Srs. Deputados: estamos em presença de um projecto que gera não apenas trabalho, que poderíamos dizer menos qualificado, mas que vai gerar também emprego para trabalho muito qualificado, vai criar as condições para que o know-how, para que a tecnologia, para que as nossas capacidades técnicas possam ser aproveitadas e postas à prova.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: temos de olhar para outros impactos que têm a ver com a alteração da nossa estrutura produtiva. As empresas que vão participar vão ganhar competências do ponto de vista técnico e organizacional, vão ganhar mais capacidades para se poderem posicionar também em termos internacionais.
Queria, finalmente, dizer que as empresas e os consórcios que, neste momento, participam no projecto de alta velocidade, neste momento já estão empenhados em participar em concursos internacionais, no Brasil nos Estados Unidos da América e em outros países, porque precisamente existe esta experiência.
Os Srs. Deputados falam da necessidade de criarmos as condições para a internacionalização das empresas, mas as empresas portuguesas só se podem internacionalizar se tiverem novas competências, se evoluírem tecnologicamente, se existirem projectos novos, projectos que apostem precisamente nas novas tecnologias e que são aqueles que podem introduzir dinâmicas mais positivas para dar capacidade às nossas empresas, para que elas possam afirmar-se no contexto da economia global e para que possam afirmar todas as condições de competitividade internacional.
Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, vou ler o que diz o seu despacho: «» para anular o concurso, considerando que se verificou um significativo e progressivo agravamento da situação económica e financeira,»

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Jorge Lacão): — É a favor do TGV ou contra o TGV, hoje?

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — » considerando que há dificuldades acrescidas na obtenção de fundos pela iniciativa privada.».
Sr. Ministro, estamos a falar da fundamentação que o senhor escolheu para considerar que não podia decidir aquele concurso. O que lhe pergunto (uma vez que não obtivemos uma explicação até agora) é como é possível achar que, daqui a uns meses, pode lançar um novo concurso do TGV e a situação económica já não se agravou, o endividamento já melhorou e o acesso ao crédito está resolvido!?

O Sr. Horácio Antunes (PS): — Outra vez? E o submarino?!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Ministro, os argumentos são seus! Portanto, é em face dos seus argumentos que o Sr. Ministro tem de se explicar quanto ao novo concurso daqui a seis meses.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PS.

Incomoda-vos, mas nós estamos aqui para fazer as perguntas que muita gente faz.