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18 | I Série - Número: 034 | 6 de Janeiro de 2011

mas sobre todo o seu volume de negócios. A Sr.ª Deputada acha justo que quem tem um volume de negócios grande mas tem um lucro pequeno, isto é, o seu verdadeiro rendimento é pequeno, passe a pagar mais 150% de impostos? Acha justo que um dono de um cafç, que tem um volume de negócios de 10 000 € mas só leva para casa cerca de 900 € e que pagava 140 € á segurança social, de repente, por causa deste Código Contributivo, passe a pagar qualquer coisa como 350 €? Acha justo, Sr.ª Deputada? Eu não acho!

Aplausos do CDS-PP.

Já agora, quanto à questão da economia formal, há uma coisa que está nos livros e está comprovada, que é o seguinte: quando se aumentam exponencialmente os impostos, quando se aumentam as contribuições para a segurança social de forma exponencial, sem ter em consideração a real dimensão da nossa economia,»

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — » aí, Sr.ª Deputada, ç que se aumenta a informalidade.

Vozes do CDS-PP: — Claro!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E certamente que o meu grupo parlamentar, como o seu, não quererão contribuir para isso.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Mota Soares, consideramos que uma das matérias aqui abordadas, que tem a ver com o aumento extraordinário das remunerações das chefias da segurança social, merece ser totalmente esclarecida. Não temos qualquer dúvida. Aliás, na Comissão de Trabalho, por proposta do PSD, foi efectivamente aprovada a vinda da Sr.ª Ministra para prestar esses esclarecimentos.
Mas ao mesmo tempo que falamos nos esclarecimentos que são necessários relativamente às chefias, queremos também deixar aqui uma mensagem a propósito daquilo que é uma injustiça, um crime social, que são os cortes nos salários dos restantes trabalhadores da Administração Pública. Não podemos deixar de referir que, sendo questões diferentes, também importa aqui denunciar aquilo que é um corte inaceitável nos salários dos trabalhadores.
Uma outra temática que queremos abordar e que fez parte da sua declaração política diz respeito ao Código Contributivo. Diz o CDS-PP que se perdeu uma oportunidade e que as restantes bancadas ficaram quietas. Ora, o que o CDS fez foi, permitam-me a expressão, «empurrar com a barriga» o problema, isto é, o que o CDS queria era adiar consecutivamente a entrada em vigor do Código Contributivo.
Ora, o CDS teve a oportunidade de corrigir os aspectos mais nefastos, aquilo que é o pior do pior do Código Contributivo, e não optou por essa via. Queria apenas adiar a sua entrada em vigor.
O PCP apresentou um conjunto de propostas de alteração, um projecto de lei que abordava várias matérias.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É verdade!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Sr. Deputado falou dos agricultores. Então, por que não viabilizou as propostas do PCP relativamente à alteração do Código Contributivo, no que diz respeito aos agricultores? Dou-lhe ainda o exemplo dos pescadores, das IPSS e de todo o sector sem fins lucrativos, passando pelas mutualidades, pelas cooperativas e pelas associações.