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19 | I Série - Número: 034 | 6 de Janeiro de 2011

Ora, o PCP apresentou propostas concretas relativamente aos trabalhadores independentes e, nessa matéria, o CDS-PP não «mexeu uma palha», porque queria era adiar novamente o problema. Mas consideramos que, mais do que adiar o problema, era preciso enfrentá-lo, e o PCP assim o fez: apresentou propostas que resolviam o problema dessas pessoas. Infelizmente, o CDS-PP não nos acompanhou nesta matéria.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Machado, ainda bem que mais uma vez falou da questão das chefias. É uma vergonha nacional criar situações de excepção em que se promovem chefias em barda com efeitos retroactivos, quando se exigem sacrifícios a todos os portugueses! Nesta matéria estamos de acordo, mas sabíamos que quanto ao Código Contributivo teríamos uma divergência.
Numa altura em que o desemprego atinge quase 600 mil pessoas, em que o maior desafio na sociedade portuguesa é o de ser capaz de criar condições para se contratarem portugueses, para se criarem postos de trabalho, consideramos ser um enorme contra-senso estar a aumentar-se a contribuição social, a carga parafiscal que quer trabalhadores quer empregadores têm de pagar quando criam um novo posto de trabalho.
O PCP votou contra o adiamento do Código Contributivo — é importante que isso seja claramente explicado a todos os portugueses. Quando, agora, durante o mês de Janeiro, os portugueses começarem a receber muito mais impostos ou carga parafiscal para ter de pagar, é fundamental que saibam que também o devem ao Partido Comunista Português, porque o Partido Comunista Português teve a oportunidade de ajudar a adiar o Código por um ano e não quis.
Sr. Deputado, relativamente às propostas em concreto, como sabe, esta bancada votou favoravelmente todas as propostas que baixavam impostos ou cargas burocráticas para agricultores, para pequenos e médios trabalhadores, para pescadores, para instituições sociais, para tudo o que era economia social, para tudo o que é verdadeiro na nossa economia e que mexe.
O CDS esteve ao lado do desagravamento fiscal ou de carga parafiscal em todos os casos. O Sr. Deputado sabe disso, porque a discussão foi feita há muito pouco tempo, mas pelos vistos, de vez em quando, o Sr. Deputado esquece que o seu voto foi também responsável por não se conseguir adiar o Código Contributivo de 2011 para 2012.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria das Mercês Soares.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Sr. Presidente, começo por cumprimentar o Sr. Deputado e agradecer-lhe apresentação desta questão em Plenário.
Gostaria de dar conhecimento a V. Ex.ª, que, aliás, já o tem, de que o Partido Social-Democrata, em sede de Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública, ainda ontem, apresentou um requerimento, que mereceu a concordância de todos os grupos parlamentares presentes, no sentido de a Sr.ª Ministra vir à Comissão justificar as razões — que, para nós, não são de todo compreensíveis, e muito menos entendidas — sobre a publicação destas portarias, que visam, única e exclusivamente, considerar o aumento e a elevação destas chefias nos seus cargos para efeitos remuneratórios.
Permita-me que lhe diga, Sr. Deputado, que consideramos pertinente ouvir as explicações da Sr.ª Ministra (e penso que o CDS também o deverá considerar), na medida em que o Ministério que tutela foi farto a cortar na despesa dos apoios sociais, mas muito suave no corte das despesas de funcionamento, nas despesas internas do Ministério.