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25 | I Série - Número: 034 | 6 de Janeiro de 2011

euro, dos países da União Europeia e também das grandes economias. Foi o primeiro ano de resposta à crise económica, à crise mais grave dos últimos 80 anos.
O Orçamento do Estado para 2011 é um orçamento de rigor e realista. É um Orçamento de rigor, porque traz com ele um conjunto de medidas de disciplina orçamental, tanto do lado da receita como do lado da despesa; é um Orçamento realista, porque responde, efectivamente, à crise mais grave dos últimos 80 anos.
O caminho que temos pela frente, Sr. Deputado, é um caminho exigente, de medidas duras, de medidas difíceis, de medidas impopulares, é um caminho que tem de devolver a confiança à nossa economia e também de recuperar a confiança dos mercados financeiros. E o contributo que o PSD dá para esse caminho é o de trazer permanentemente para a opinião pública portuguesa discursos depressivos e pessimistas e, agora, trazer uma nova versão de fuga às suas responsabilidades.
A execução orçamental que conhecemos de 2010 diz-nos que estamos no caminho certo para atingirmos o défice orçamental de 7,3%. A subida da receita acima daquilo que está programado no Orçamento do Estado para 2010 e também no PEC e a despesa mantida abaixo do parâmetro máximo em cerca de 2,6% significam que a execução orçamental de 2010 vai ser um momento de confiança, que vai, obviamente, recuperar a confiança na nossa economia também pelos mercados financeiros.
Sr. Deputado, este discurso do PSD parece-nos também mais uma tentativa de apagar»

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Vou terminar já, Sr. Presidente.
Este discurso do PSD parece-nos também mais uma tentativa de apagar da memória dos portugueses a má governação do último governo de direita de coligação PSD/CDS.
Convém recordar que, no ano de 2003, quando a Europa crescia, quando o mundo crescia, Portugal viveu uma das suas maiores recessões económicas. Os senhores levaram o nosso país, no ano de 2003, a uma recessão económica em contradição com a linha macroeconómica de todos os países da zona euro, da Europa e das grandes economias mundiais.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem mesmo de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — E também, quando entregaram o governo ao Partido Socialista no ano de 2005, apresentaram um défice orçamental de quase 7%.
A «grande» resposta que o PSD soube dar à crise no Verão passado foi anunciar uma proposta de revisão constitucional de desmantelamento do Estado social»!

Protestos do PSD.

Responda a estas três perguntas, Sr. Deputado.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Menezes.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Paulo Correia, obrigado pelas questões que me colocou.
Confesso que, quando me apercebi de que o Sr. Deputado iria pedir esclarecimentos em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, pensei que já nos iria esclarecer sobre se hoje, dia 5 de Janeiro, os 105 milhões de euros que o Governo já tem de ter poupado para executar este Orçamento já foram, de facto, poupados e quais as medidas que estão a implementar e não fazer aquilo que o Sr. Deputado fez, que foi, ao 5.º dia deste ano, já estar a começar a preparar as desculpas para aquilo que vai ser o fracasso da vossa aparente execução orçamental! Nós, PSD, esperamos que a execução orçamental seja cumprida. Mas não comecem já a avançar com desculpas; tenham a coragem de assumir que estão no Governo, não tenham vergonha de governar.