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32 | I Série - Número: 044 | 28 de Janeiro de 2011

Acresce ainda que muitas empresas públicas têm um papel preponderante em sectores que prestam serviços de interesse geral, de que depende o bem-estar dos cidadãos.
Infelizmente, nem toda a oposição pensa assim. Para o CDS, onde possa estar um privado, o Estado deve sair — em caso de dúvida, opta-se sempre pelo privado. Nada mais errado! A verdade é que o CDS quer desmantelar o sector empresarial do Estado.
É uma visão política que marca profundamente a separação ideológica entre a direita populista, protagonizada pelo CDS, e a esquerda modernista e progressista liderada pelo Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O CDS bem tenta disfarçar o seu sentimento de desconfiança em relação a tudo que é Estado.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — E muito bem!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — O CDS bem tenta comportar-se como o partido moralizador da gestão pública.
Só que o problema do CDS é que continua amarrado à sua última governação.
Os portugueses ainda se lembram da última passagem do CDS pelo governo e, sobretudo, ainda se lembram da forma como deixou o País, com uma recessão económica, no ano 2003, e um défice orçamental de 6,8% quando entraram para о governo. Tudo isto em contra-ciclo, porque a Europa e Mundo não viviam nenhuma crise; a Europa e o Mundo, as grandes economias, as economias emergentes e as economias em vias de desenvolvimento viviam períodos de crescimento económico.
A verdade é que o CSD tem um passivo político em matéria de gestão das contas públicas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Faça as contas!

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Sr.as e Srs. Deputados: Entre o populismo da extrema-esquerda e o circunstancialismo da direita, o caminho a seguir é o do rigor e da responsabilidade.
É crucial normalizarmos o financiamento da nossa economia.
É crucial desenvolvermos a recuperação da nossa actividade económica.
É crucial gerarmos mais emprego.
Isso passa por consolidar as contas públicas, reduzindo a despesa e reduzindo o endividamento, tanto no sector público-administrativo como no sector empresarial do Estado.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E o Estado social?

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Pelos números presentes, estamos convictos de que o sector empresarial do Estado está a dar o seu contributo.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Soares.

O Sr. Pedro Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Paulo Correia, o Sr. Deputado disparou para todo o lado, mas propostas não vi nem uma!

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Pedro Soares (BE): — Certamente ficou contente, ficou contente, mas a realidade é que inclusivamente em relação ao debate sobre esta matéria, que é suscitado no interior do vosso grupo