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36 | I Série - Número: 045 | 29 de Janeiro de 2011

económica. E a oposição, em vez de se congratular com isso, fugiu disso o mais que pôde e ainda encontrou motivos para fazer reparos em relação à forma como temos vindo a assegurar a execução do QREN.
O Sr. Primeiro-Ministro dizia, a meio da sua intervenção, numa resposta a um dos Srs. Deputados, creio que ao Sr. Deputado Miguel Macedo, uma coisa que é muito importante e que tem de ser valorizada aqui.
Dizia que o maior desafio que se coloca hoje a este Governo e que se colocaria a qualquer governo que, responsavelmente, estivesse hoje à frente dos destinos do nosso País é o desafio de conciliar uma política orçamental, que tem potenciais efeitos recessivos, na medida em que temos de reduzir drasticamente o valor do défice orçamental — por razões que são conhecidas e que, creio, não suscitam grande discussão, pelos menos com algumas bancadas, que ainda compartilham connosco o sentido da responsabilidade em relação à forma como o País deve ser conduzido do ponto de vista económico, financeiro e orçamental — pois temos consciência de que estamos, todos os dias, a ser avaliados quer pelos mercados internacionais quer pelas instâncias europeias em relação à nossa capacidade de garantir uma boa execução orçamental, temos de conciliar a redução do défice, dizia eu, com uma outra preocupação, que é a de relançar a actividade económica e apoiar os sectores, sobretudo os exportadores, que mais podem contribuir para que a economia portuguesa cresça, para que a economia portuguesa crie emprego e para que sejam salvaguardados os interesses de todos os portugueses, daqueles que já têm trabalho e daqueles que ainda não têm trabalhado e aspiram, legitimamente, a ter trabalho, mas que, para isso, precisam, justamente, que a economia entre no ritmo de crescimento.
Foi isso que, hoje, foi aqui anunciado e, creio, foi essa a preocupação fundamental do Sr. Primeiro-Ministro quando disse que estamos empenhados e preocupados em promover, com sucesso, uma política de consolidação das contas públicas, adoptando as medidas necessárias, por mais duras e exigentes que elas sejam, para garantir a concretização desse objectivo, mas, ao mesmo tempo, não desistimos de um esforço sério de promoção do crescimento da economia, do desenvolvimento da nossa economia, tendo particular atenção para os sectores com capacidade de exportação, que, felizmente, têm vindo a crescer significativamente nos últimos anos.
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, a nossa posição, a posição do Grupo Parlamentar do PS, é muito simples: estamos solidários com este esforço do Governo, porque é também a forma de estarmos solidários com os portugueses e com o País neste momento difícil e exigente,»

Aplausos do PS.

» um momento em que ç preciso dar respostas e ter capacidade de apresentar soluções concretas, soluções que aumentem o investimento, que criem confiança e que permitam garantir o crescimento da economia, criar empregos, enfim, criar novas perspectivas de esperança para milhares e milhares de portugueses. Essa também é a nossa função.
Por isso, rejeitamos o optimismo primário de quem acha que tudo está bem»

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É o Primeiro-Ministro!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » e que vivemos no melhor dos mundos. Se nos instalássemos nessa posição, não estaríamos neste lugar e não teríamos feito as opções políticas que fizemos desde sempre. Mas também não podemos aceitar esta representação pessimista da realidade e do País, que, infelizmente, caracteriza hoje oposições sem esperança, sem projecto e, por este caminho, certamente, sem futuro.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco de Assis, o mundo viveu e vive, desde 2008, a mais séria crise económica e financeira da nossa história. Esta foi a afirmação do Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos da América. Como ele salientou, não o disse apenas pelo seu cargo de grande responsabilidade mas é também pelo facto de ser um estudioso dessas matérias.