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35 | I Série - Número: 045 | 29 de Janeiro de 2011

referência de inteligência, de equilíbrio e de sensatez é, entre outros, precisamente, o Sr. Ministro da Administração Interna.

Aplausos do PS.

Por isso, é absolutamente inaceitável o tom e a forma como a oposição ataca. Mas ainda é mais grave porque, de certa forma, esse não é um caso isolado, o que revela o processo mental das nossas oposições, à esquerda e à direita.
Para as oposições, quando há uma crise, quando qualquer coisa corre mal, quando há um problema, não importa perceber porque é que ocorreu essa crise, porque é que surgiu esse problema; a única preocupação é dizer que a culpa é do Governo, que o Governo falhou, que o Governo é incapaz, que o Governo é incompetente.
Há uma grave crise financeira internacional. Ainda ontem, o Presidente da Reserva Federal Americana, que é um estudioso das grandes depressões, dizia que esta foi, provavelmente, a maior crise financeira da história da humanidade, maior do que a crise financeira de há 80 anos. Dizia ele, enquanto estudioso dessa matéria: «Há uma grave crise financeira internacional. Isso explica muito do que está a acontecer em vários países da Europa, nomeadamente em Portugal».
Mas, para as oposições, isso não importa nada, isso não tem a mais pequena importância. Para as oposições, se há uma crise financeira internacional e ela tem repercussões no nosso país, a culpa é do Governo, não importando procurar avaliar o mérito das respostas do Governo, se está a reagir bem ou mal, se está ou não a tomar as medidas necessárias para fazer face a essa gravíssima crise financeira internacional.
Isso não importa absolutamente nada, porque o que importa é dizer que a culpa é do Governo, no caso do Sr.
Ministro das Finanças, é sempre, e seguramente, do Sr. Primeiro-Ministro e quase sempre também do Sr.
Ministro da Presidência, como há pouco referia a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
Do nosso ponto de vista, esta não é a forma mais correcta, não é a forma séria de abordar as questões.
O Sr. Primeiro-Ministro, hoje, trouxe aqui boas notícias e apresentou boas medidas, e não deixa de ser curioso como isso gerou uma grande incomodidade nas várias oposições. Por uma razão muito simples: é que, quando o Governo traz boas notícias e apresenta boas medidas, isso contraria a visão pessimista acerca do País em que as nossas várias oposições se instalaram.

O Sr. Osvaldo Castro (PS): — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — E esse é também o maior problema que as nossas oposições têm hoje: é que estão instaladas nesse pessimismo e algumas até acham que dá uma prova superior de lucidez apresentarem-se o mais pessimistas possível. O pessimismo será, assim, uma manifestação de inteligência e de lucidez na abordagem da realidade.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Ora, o pessimismo radical é tão inaceitável, tão primário e tão desprovido de utilidade como o optimismo radical, como é evidente. O que é preciso é olhar para a realidade e ver o que está bem e o que está mal e perceber aquilo em que temos de mudar algumas coisas e aquilo em que temos de insistir nas políticas que têm vindo a ser prosseguidas. Infelizmente, a oposição instalou-se nesse pessimismo e, sempre que há uma boa notícia, reage mal.
Durante largos meses, ouvimos aqui os vários partidos da oposição a atacar o Governo, considerando que o Governo era totalmente incapaz de assegurar a execução do QREN e que estaríamos mesmo em risco de ter de devolver verbas de financiamentos comunitários por incapacidade de aplicação dessas mesmas verbas em vários programas.
Pois bem, essa previsão catastrofista da oposição foi hoje aqui completamente desmentida. Os dados da execução do último ano demonstram, claramente, que o Governo foi capaz de aplicar essas verbas, está a aplicá-las bem e, ao aplicá-las desta forma, está até a contribuir para o relançamento da nossa actividade