33 | I Série - Número: 046 | 3 de Fevereiro de 2011
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, já enunciei, há pouco, com clareza, a posição do Grupo Parlamentar do PS sobre este assunto.
O Sr. Francisco Louçã (BE): — Não está escrito qual é!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — O Sr. Deputado trazia o discurso preparado e não integrou bem a minha intervenção.
Só quero dizer uma coisa muito simples ao Bloco de Esquerda e que, aliás, se aplica aos outros grupos parlamentares que se pronunciaram claramente contra a redução do número de Deputados: os senhores têm bons, sérios e ponderosos argumentos para se opor à redução do número de Deputados, não optem pelos piores, porque foi o que fizeram durante esta tarde. A pior forma de tratar este assunto é confundindo «alhos com bugalhos«,»
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — » ç procurando deslocar o debate não para a essência da questão em si mas para uma crítica contundente à acção do Governo, quando não é isso que está hoje aqui em causa.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, a título pessoal, repito, emitiu uma opinião. Os senhores têm uma posição negativa sobre essa opinião.
O Grupo Parlamentar do PS enunciou aqui uma intenção clara, a qual quero explicitar ainda melhor para que não subsistam dõvidas: não tencionamos apresentar,»
O Sr. Francisco Louçã (BE): — Ah!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — » nem tencionamos viabilizar qualquer iniciativa que vise pôr em causa o número de Deputados actualmente existentes no Parlamento.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Soares.
O Sr. Pedro Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Francisco de Assis, o senhor refere bons e maus argumentos, mas ainda não percebemos quais são os bons argumentos para defender a redução do número de Deputados.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Pois é!
O Sr. Pedro Soares (BE): — A questão que sobressai da sua intervenção é que o senhor acabou de desautorizar o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.
Protestos do PS.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Claramente!
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Se calhar, já não é Ministro!
O Sr. Pedro Soares (BE): — Acabou de dizer que as declarações que o Ministro fez para o jornal, numa entrevista certamente ponderada, não são acolhidas pelo Governo ou pela bancada do Partido Socialista, remetendo-as apenas para declarações meramente pessoais.
Sr. Deputado, posso dizer-lhe que estamos habituados a que o Partido Socialista, sobre matérias complexas, diz constantemente «jamais, jamais, jamais», mas depois acaba sempre por ir ao encontro daquilo que a direita tem vindo a defender.