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26 | I Série - Número: 049 | 10 de Fevereiro de 2011

O Sr. Deputado insurge-se contra o facto de os preços por vezes serem iguais. Quero dizer-lhe o seguinte: não há em Portugal um outro mercado em que os preços sejam conhecidos de forma tão transparente pelos consumidores como no mercado dos combustíveis. Se o Sr. Deputado aceder à Internet, se o Sr. Deputado circular nas auto-estradas, verá todos os preços.
O Sr. Deputado incomoda-se, por vezes, por eles serem iguais, mas, como já lhe mostrei, em muitas situações, não são iguais. De qualquer forma, quando são iguais, o que nos preocupa não é que sejam iguais mas, sim, que sejam elevados. Daí o nosso empenho para que os preços daquilo que é comercializado sejam os mais baixos.
Sr. Deputado, agradeço a questão que colocou no sentido de ouvirmos o Prof. Abel Mateus. Estamos completamente de acordo, aliás temos tido sempre uma postura muito construtiva no que diz respeito a ouvir todas as entidades, todas as pessoas que possam trazer mais conhecimento à questão dos combustíveis no nosso País. Estamos, com certeza, de acordo quanto a essa questão, mas, não obstante, quero dizer-lhe que o actual modelo de formação dos preços dos combustíveis é um modelo que, como disse o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, foi instituído em Portugal por um Governo PSD/CDS-PP, e quanto a isso nada há a fazer.
Os Srs. Deputados, hoje, podem dizer que estão arrependidos, mas foi um modelo que os senhores impuseram em Portugal.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Entendemos que devemos discutir esta questão de forma transparente. E pode acreditar que não há ninguém mais interessado em debater esta questão de forma séria do que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Seguro Sanches, antes de mais, agradeço a questão que colocou e até algumas das palavras que disse. Ouvi-o com atenção e o mais que posso desejar é que o Governo ouça com tanta atenção quanto aquela com que ouvimos aquilo que o Sr. Deputado aqui disse. Se o Governo ouvisse algumas das coisas que aqui foram ditas pelo Sr. Deputado, no que diz respeito, por exemplo, a tomar iniciativas no sentido de, concretamente, podermos baixar o preço dos combustíveis, se o Governo patrocinasse esse caminho, estaríamos já, obviamente, numa situação diferente daquela em que estamos.
Em relação ao que referiu sobre a gasolina low cost, obviamente concordará que as opiniões se dividem, havendo, designadamente, estudos que indicam que, do ponto de vista do produto fornecido, este não é diferente do que é fornecido a outros preços e, portanto, o problema que temos continua a ser a formação do preço, porque, pelo mesmo produto, pelos mesmos operadores, são cobrados preços diferentes, o que significa que, do ponto de vista da regulação, há alguma coisa a fazer.
Por outro lado, cito-lhe o que diz o Sr. Prof. Abel Mateus, cuja audição, em comissão, o Sr. Deputado concordou ser útil. É que uma das coisas que o Sr. Prof. Abel Mateus disse ontem foi que, se é possível baixar os preços, eles que baixem todos. E cito: «Não percebo o que são combustíveis low cost,»« — o Sr. Prof.
Abel Mateus não percebe o que são combustíveis low cost — «» sei ç que havia grande concorrência dos postos dos hipermercados e, se calhar, é apenas uma tentativa de entrar nesse mercado. Se é possível baixar os preços, então, baixe-se para todos». Esta é a nossa preocupação!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Portanto, não faz sentido tentar criar aqui uma «janela» para iludir a resolução do problema.