I SÉRIE — NÚMERO 112
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com todos —, face às diligências que todos temos feito no sentido de encontrar, mais do que aquilo que nos
desune, aquilo que é o ponto de conciliação nacional, aquilo que é o consenso, aquilo que é a convergência,
face ao desafio que temos pela frente, é no sentido de saber se o Partido Socialista está na disposição de
continuar a buscar o consenso ou se quer continuar a encontrar pontos de divergência com aqueles que
querem verdadeiramente o futuro do País e não, meramente, um acumular de palavras ocas, sem futuro, sem
dimensão e a projetar o País para o passado e não para o futuro.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.
O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António Rodrigues, quero apenas dizer-lhe
que, no futuro, veremos se esta data será ou não uma data histórica.
Pessoalmente, estou convencido de que esta será uma data histórica e verificaremos quais serão os
partidos que estarão à altura de serem dela protagonistas.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, o CDS reafirma hoje o que
tem vindo reiteradamente a dizer: o consenso europeu entre os partidos que têm — ou tiveram —
responsabilidades governativas é muito importante, pois distingue Portugal dos demais países da União
Europeia, sobretudo daqueles que estão sob assistência financeira.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Promove a coesão interna e reforça a credibilidade externa. A
credibilidade externa cria condições para que haja crescimento e o crescimento, tal como a consolidação
orçamental, é essencial para criar emprego e combater o maior flagelo social dos nossos tempos, que é o
desemprego.
Por isso, valorizamos o consenso que foi possível obter com o maior partido da oposição, que, mais do que
para a maioria, mais do que para o PS, mais do que para o Governo, é bom para Portugal e para os
portugueses.
Aplausos do PSD, do CDS-PP e do Deputado do PS Basílio Horta.
É por isso que fizemos este esforço de aproximação e é por isso que, independentemente de discordarmos
— e discordamos — de muito do que vem escrito no preâmbulo deste projeto de resolução, apresentámos
propostas e vamos viabilizar recomendações que são feitas ao Governo, que, de resto, são a única parte (é
bom recordar) que será votada.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Em todos os momentos, mas, sobretudo, nos momentos mais
difíceis, é preciso estar à altura das circunstâncias e é fundamental saber distinguir o essencial daquilo que,
até sendo importante, não é o essencial.
A nosso ver, o importante, que não sendo essencial, é aquilo que nos distingue de algumas propostas do
Partido Socialista e dos considerandos do preâmbulo. Mas aquilo que é essencial e de que, hoje, o
Parlamento português dá um sinal de existir e aquilo que é uma agenda focada nesse mesmo essencial é que
pode haver — e creio que irá haver — um significativo consenso interno sobre a Europa, alicerce fundamental
de credibilidade externa que procuramos recuperar. E isso é importante para Portugal e para os portugueses.
Aplausos do CDS-PP.