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20 DE SETEMBRO DE 2012

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A verdade é esta: perante a situação em que encontrou o País, a atuação do Governo está atualmente no

domínio da necessidade, e não no das possibilidades. Do que se trata não é do que o Governo pode fazer,

mas do que tem de fazer.

Na atual situação, impõe-se, em particular, um apelo ao maior partido da oposição, ao PS.

No momento em que foi necessário procurar ajuda externa, o PSD, quando estava na oposição, não

recusou comprometer-se. E, em períodos mais recuados, quando foi também necessário salvar o País, com

recurso a ajuda externa, o PSD não hesitou mesmo em juntar-se ao PS num projeto de salvação nacional.

O País tem uma maioria que governa, que tem contado com apoio do PS na aprovação dos orçamentos

em execução do Memorando de Entendimento. O PS é, com o PSD, um dos dois partidos sempre

indispensáveis por assegurar o Governo de Portugal.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Oh!

O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — No presente momento, têm de saber estar à altura da situação, não

dizendo que não ao Pais, mas correspondendo a um consenso mínimo de salvação nacional e cumprimento

do programa de ajustamento, que defina um quadro geral dentro do qual então se manifeste então o salutar

exercício da luta política.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

É isto o que os portugueses querem. É isto que Portugal exige nesta hora.

O caminho é difícil, os sacrifícios são muitos, mas a esperança é maior! Assim saibamos todos honrar a

confiança que em nós depositaram.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, inscreveram-se os Srs. Deputados Pedro Jesus

Marques, do PS, Honório Novo, do PCP, e Catarina Martins, do BE.

Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, tem a palavra.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado Paulo Mota

Pinto, cumprimento-o, mas tenho que lhe dizer que me pareceu de grande miséria, miséria argumentativa, a

sua intervenção.

Vozes do PSD: — Oh!…

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr. Deputado, atribuir o descontentamento dos portugueses a outra

coisa que não ao falhanço rotundo da vossa governação ao longo do último ano é passar ao lado da realidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado veio para aqui comprazer-se com aquilo que seriam os sucessos que encontra na situação

atual?! Até parece que o País vai bem. É isso, Sr. Deputado?! Foi por aí que foi, Sr. Deputado?! Que agora

estará tudo a caminho de ficar bem?!

Protestos do PSD.

Veio para aqui com umas estatísticas ou com uns indicadores que não têm nada a ver com a realidade das

famílias, das empresas, com a realidade do País!

Vozes do PS: — Muito bem!