O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 8

62

O que é que o Partido Socialista apresenta ao País em termos de alternativas? Zero! Não apresenta nada,

não tem a coragem de sair do «nim» em que o Deputado António José Seguro transformou este Partido

Socialista.

O Deputado António José Seguro chegou à liderança do Partido Socialista sem quase emitir uma opinião

durante os seis anteriores anos de governo do Partido Socialista!

Protestos do PS.

Agora, o que temos é um Partido Socialista que não tem coragem de apresentar alternativas concretas ao

País, porque vive refém de um taticismo político do qual os portugueses estão fartos!

Mas queria dizer-vos algo que foi referido pelo líder parlamentar do PSD e também, nas suas intervenções,

pelos Srs. Ministros e pelo CDS, que é o seguinte: deixem-se de tibiezas, deixem-se de incertezas, assumam!

O Partido Socialista está ou não com o Memorando de Entendimento que negociou e assinou?! Tenham a

coragem de dizer se se mantêm no barco da responsabilidade ou se decidiram embarcar no barco da

irresponsabilidade!

Sr. Deputado António José Seguro, chega de tibiezas, chega de incertezas, assumam com coragem a

vossa posição, porque até agora as alternativas apresentadas pelo PS têm sido zero, e disso, sinceramente,

os portugueses já estão fartos!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, passamos à fase de encerramento do debate, na qual irão intervir,

em primeiro lugar, em nome do Governo, o Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, depois, em

nome do PCP, o Sr. Deputado Bernardino Soares e, em nome do Bloco de esquerda, o Sr. Deputado Luís

Fazenda.

O Sr. Honório Novo (PCP): — O Portas não fala?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O Governo sai de Vespa!

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança

Social.

O Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social (Pedro Mota Soares): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e

Srs. Deputados: Apresentar uma moção de censura é sempre uma atitude legítima por parte dos Deputados,

por isso, hoje, a questão não é de legitimidade. A questão está em saber se a moção de censura é

politicamente útil para Portugal e para os portugueses.

Ora, este debate provou aquilo que já antes era evidente: a moção de censura, se fosse aprovada, não

faria nenhum bem ao País e é mesmo legítimo dizer que os seus autores só a apresentam porque sabem que

a mesma será recusada.

É, portanto, necessário procurar verificar qual é a mundividência dos dois partidos subscritores. Nenhum

deles é partido do arco da governabilidade e nenhum deles pretende sê-lo. Haverá, certamente, um

entendimento tácito para apresentarem, cada qual, uma moção no mesmo dia. Mas nenhum português tem

ilusões: nem o Partido Comunista, nem o Bloco de Esquerda governariam um dia juntos, nem têm uma ideia

possível, viável e consequente para governar Portugal neste momento dificílimo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aqui chegados, é importante relembrar qual foi o nosso ponto de partida.

Portugal foi obrigado a pedir assistência externa em abril de 2011 pela gravíssima razão de que estava a

poucas semanas de não poder pagar os seus compromissos mais elementares com os trabalhadores e os