25 DE OUTUBRO DE 2012
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Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, no tempo de que ainda dispõe, tem a palavra o
Sr. Deputado Bruno Dias.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, dos milhões de que falou o Sr. Ministro a propósito dos
resultados operacionais da Lusa, esqueceu-se de mencionar 1,7 milhões de euros que os trabalhadores da
Lusa têm a haver,…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — … que se prendem com os cortes nos salários e nos subsídios, que fazem
parte desses números que o senhor vem exibir à Assembleia da República.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nesta última intervenção, o Sr. Ministro teve o cuidado de responder à nossa
questão sobre o que se pretende com o novo contrato que os senhores estão a preparar para assinar no fim
do ano. Disse-nos que vai fazer pagamentos mensais e não anuais — isso não tem mal nenhum, não temos
nada contra isso —, mas falou em fazer o mesmo trabalho com menos meios. Portanto, o que pergunto é se
isto não significa, na verdade, menos pessoas, menos postos de trabalho, gente a ir para a rua!
O que é que os senhores consideram que está a mais, na agência Lusa, do ponto de vista de redação e do
ponto de vista de rede?
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Boa pergunta!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mesmo em termos centrais, da redação, das editorias, do trabalho que lá se
faz e do que lá se pode fazer, não vale a pena falar em marcas para o estrangeiro e de prestígio internacional
se, depois, não há condições para trabalhar, não há condições para produzir e fazer esse serviço.
Mas, face à situação que a comunicação social está a enfrentar atualmente, é ainda mais importante do
que nunca um serviço público forte, capaz de responder às necessidades e, até, capaz de alimentar, do ponto
de vista informativo, noticioso, a comunicação social que, em muitos aspetos, muitas e muitas vezes, depende,
em larga medida da produção e do trabalho da agência noticiosa, como, aliás, se verificou, de uma forma
evidente, nestes quatro dias de greve.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, queira concluir, por favor.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
É por isso que dizemos que, quando todas estas movimentações se verificam no setor, é ainda mais
importante que esta política do Governo seja travada e seja invertida de uma vez por todas!
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Raúl de Almeida.
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as
e Srs.
Deputados: Estivemos, hoje, a dedicar-nos a um debate importante sobre um tema essencial para o País — a
agência Lusa, como prestadora de serviço público de informação e a sua preservação e continuidade no
futuro. E o que vimos foi um concurso, permitam-me a expressão, de teorias da conspiração.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!