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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Nós saltámos para dentro do barco; nós queremos e vamos cumprir a nossa missão; nós queremos e

vamos cumprir a viagem de Portugal. Sabemos que há outros que vão saltar fora do barco à primeira

dificuldade.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Está a falar do CDS! Essa parece-me dirigida ao CDS!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não é o nosso caso. A força de Portugal não merece a nossa

desistência; os portugueses não merecem a nossa desistência; os nossos filhos e os nossos netos não

merecem a nossa desistência. E nós não vamos desistir!

Aplausos do PSD (de pé) e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Luís Montenegro, estão inscritos os Srs.

Deputados Bernardino Soares, do PCP, e Nuno Magalhães, do CDS-PP.

Sr. Deputado, como pretende responder?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Em conjunto, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Muito bem.

Tem, pois, a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Luís Montenegro, como

o Sr. Deputado Nuno Magalhães também está inscrito para lhe pedir esclarecimentos, não lhe vou perguntar a

quem se referia ao usar a expressão «saltar do barco à primeira dificuldade». Deixo essa pergunta para quem

se seguirá.

Sr. Deputado Luís Montenegro, durante uma hora, e também durante parte da manhã, assistimos aqui um

certo jogo de passa culpas entre a maioria e o Partido Socialista. Bem compreendo que assim seja: uns, só

querem falar do presente para esconder o passado e, outros, só querem falar do passado para esconder o

presente. Esse é que é o problema deste debate.

Aplausos do PCP.

Até se esquecem, uns e outros, e a sua bancada em particular, que nos tais anos desde 1995, nessa

década e meia que a bancada do PSD tanto refere, e como o Sr. Deputado também referiu da tribuna, estão

incluídos três anos de Barroso, de Santana e de Portas.

E o Sr. Deputado esquece até outra coisa: qualifica como desastrosa a política dos últimos governos do

Partido Socialista, mas não explica porque é que todos os orçamentos desses governos que precisaram do

voto do PSD tiveram, sem falta, esse voto do seu partido.

Aplausos do PCP.

Se esses orçamentos e essa política eram tão maus, porque é que o PSD aprovou os dois últimos

orçamentos do Eng.º José Sócrates?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Por que é que o PSD permitiu que eles fossem aprovados? Por que é

que o PSD aprovou o PEC 1, o PEC 2 e o PEC 3?

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Bem lembrado!