I SÉRIE — NÚMERO 22
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O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da
Segurança Social, o senhor fala do País que vos deixámos?! Eu falo-lhe do Memorando que tivemos de
assinar porque os senhores provocaram eleições neste País!.
Aplausos do PS.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Oh!…
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — E falo-lhe a si em particular, Sr. Secretário de Estado, que, dentro do
PSD, terá dito «ou fazes eleições no País ou tens eleições no PSD». O senhor foi um dos grandes
responsáveis pelo Memorando da troica, pela crise política, pela situação do País!
Quanto às pensões mínimas, Sr. Secretário de Estado, o senhor é do PSD, o PSD impediu o corte nas
deduções fiscais em 2011, obrigou-nos a congelar as pensões mínimas e votou o congelamento das pensões
mínimas. Em 2012 já não houve congelamento das pensões mínimas porque no PEC 4 e no Memorando
assinado pelo PS já não estava o congelamento das pensões mínimas.
Não faça uma reescrita da história, tenha memória…
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — E vergonha!
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — … das suas responsabilidades, no PSD, pela situação em que
estamos, pelas eleições, pelo Memorando e por tudo o que aconteceu ao País.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social.
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado
Pedro Jesus Marques, o senhor tem má memória. É que o Sr. Deputado esqueceu-se de dizer que andaram
de PEC em PEC até se apresentarem de joelhos aos credores internacionais, porque já não tinham
credibilidade.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS.
O Sr. Deputado esqueceu-se de dizer que andaram a aprovar resoluções do Conselho de Ministros em que
se propunham cortar 5000 milhões de euros de despesa no Estado — era o primeiro PEC — e andaram
assim, de PEC em PEC, a enganar a Europa e a enganar os portugueses, sem concretizarem nada daquilo
com que se comprometiam.
Protestos do PCP.
Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe outra coisa muito importante: não cite mitos urbanos, cite a realidade, e a
realidade é só uma: é que os senhores entregaram um País a pagar juros de 17% e hoje temos um País a
pagar juros de 7%.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Batem palmas a juros de 7%! Extraordinário!