24 DE NOVEMBRO DE 2012
37
Tem a palavra o Sr. Deputado Artur Rêgo.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, a
minha intervenção justifica-se pelo seguinte: todos sabemos que vivemos um período difícil para o País do
ponto de vista financeiro e que este é um Orçamento de dificuldade e que, por razões que são do
conhecimento de todos, implicou cortes vários em diversíssimas áreas.
No entanto, gostaríamos de salientar que releva deste artigo 111.º a preocupação social que este Governo
teve de, mais uma vez, e à semelhança do que aconteceu no ano anterior, isentar do congelamento e,
portanto, promover a atualização das pensões mínimas sociais e rurais, precisamente as pensões das
pessoas mais carenciadas e mais necessitadas — sem desprimor por todos os outros que são afetados que
também são pessoas que têm necessidades e passam dificuldades.
Contudo, este grupo de pessoas é aquele que efetivamente está na base social em Portugal, estas
pessoas são efetivamente as mais necessitadas e carenciadas, e o Governo teve esta preocupação que não
estava presente no Memorando de Entendimento assinado originalmente, em que estas pensões estavam
congeladas, assim como na proposta do PEC 4.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — O Governo conseguiu no ano anterior renegociar com a troica de forma a
descongelar estas pensões para que estas pessoas não fossem afetadas e para este ano manteve essa
matriz. Num momento de grande dificuldade para todos os portugueses, de grande dificuldade para Portugal,
de grande dificuldade e de grande rigor orçamental estas pessoas estão isentas.
Saliente-se que esta medida não aparece isolada, mas associada a outras medidas patentes noutras
partes do Orçamento, como seja o facto de, reconhecendo também essas dificuldades sociais, pela primeira
vez, um Governo em Portugal, ao contrário dos anteriores, vir atribuir direitos a prestações sociais de
desemprego aos prestadores de serviços a recibo verde e aos pequenos e micro comerciantes das pequenas
empresas que, por razões de dificuldade económica que o País atravessa, se vêm obrigados a encerrar os
seus pequenos negócios, os seus estabelecimentos. Estamos a falar de muitas pessoas que, ao contrário do
passado, em que ficavam completamente desamparadas, face à atuação e à preocupação social deste
Governo vão agora ter direito a uma proteção social no desemprego.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs.
Deputados, o orçamento da segurança social tem como principais preocupações a sustentabilidade da
segurança social e ajudar e proteger os mais desfavorecidos. É assim que se garante a coesão social. E este
artigo é mais um desses exemplos.
Pelo segundo ano consecutivo — e saliento «pelo segundo ano consecutivo» — este Governo veio
descongelar as pensões mais baixas. Reconhecemos que é duro congelar pensões, mas mais duro foi ter
congelado as pensões mais baixas quando os tempos não eram tão difíceis, como fez o anterior Governo.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Trata-se de uma questão de justiça social, e é feita justiça social
permitindo que estas pensões sejam atualizadas.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Este artigo introduz ainda uma melhoria na sua redação,
designadamente no n.º 3, porque vem clarificar o universo das prestações abrangidas.