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14 DE DEZEMBRO DE 2012

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Vozes do PCP: — Bem lembrado!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — Se estas não são empresas de setores estratégicos, estamos

conversados!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente! É a tal falta de memória!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — É, na verdade, espantoso como depois do rol de privatizações

que o PS fez desde 1995 venha agora aqui dizer que é contra as privatizações em setores estratégicos.

Srs. Deputados, penso que a resposta está dada, mas, de qualquer das formas, era importante saber —

aliás, todos nos lembramos — o que é que estava no PEC 4 quanto a privatizações!

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — Não há, pois, nada de novo!

Sr. Deputado, a nossa posição é a mesma; a vossa é que evoluiu a partir do momento em que saíram do

Governo.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente! Em que saíram do Governo e da AICEP!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — Disse o Deputado Basílio Horta que nós somos contra todas as

privatizações e que, portanto, essa é sempre a nossa posição.

Sr. Deputado, o que a História tem vindo a demonstrar — há pouco, procurei ilustrar a minha intervenção

com números, que não sei se o Deputado Basílio Horta ouviu — é que nós temos razão, é que Portugal tem

sido «roubado», ao longo de todo este tempo,…

O Sr. Basílio Horta (PS): — Pois tem!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — … com este processo de privatizações e o aparelho produtivo tem

sido destruído.

Portanto, tudo isto tem acontecido neste País. E a posição que nós tomámos está correta.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — Todos se lembrarão — se calhar também não se lembram — que

nos anos 90 havia uma série de slogans que o PS utilizava para «vender» as privatizações. Por exemplo, dizia

o Primeiro-Ministro da altura: «As privatizações permitem que o Estado se afaste do papel de acionista em

empresas onde o interesse nacional já não exige a sua presença…» — são as tais empresas que há pouco

referi — «… para dedicar mais recursos à saúde, à educação e à segurança, setores onde a sua ação é

decisiva para o bem-estar coletivo.»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Foi o que se viu!

O Sr. José Alberto Lourenço (PCP): — Estava-se, então, no tempo do Eng.º António Guterres, que

depois, enfim, partiu para outra.

Sr. Deputado José Luís Ferreira, em relação à ANA, só há uma entidade que ganha, que é a banca, como

é óbvio, que é chamada para fazer uma operação sem riscos. Ou seja, no fundo, é chamada a emprestar 800

milhões de euros que sabe que daqui a meia de dúzia de meses vai receber. Esta é uma operação sem risco

para a banca. Falta é saber qual é o banco que vai ganhar com este negócio.