20 DE DEZEMBRO DE 2012
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evitando os vossos pretextos para adiar, para impedir e para obstaculizar, porque foi isso que os senhores
fizeram.
Aplausos do PS.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para uma interpelação à Mesa.
A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr.ª Presidente, uma vez que o Sr. Deputado Jorge Lacão faltou
deliberadamente à verdade…
Protestos do PS.
Eu expliquei na minha intervenção que só há duas áreas onde a 1.ª Comissão não tem intervenção direta
na área dos direitos, liberdades e garantias, que são os direitos dos trabalhadores e a comunicação social,
pelo que peço à Mesa que providencie no sentido da distribuição da definição dessas competências pela
bancada do Partido Socialista.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado.
O Sr. Jorge Lacão (PS): — Sr.ª Presidente, peço a palavra.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Jorge Lacão, a intervenção do Sr. Deputado Fernando Negrão não se
tratou verdadeiramente de uma defesa da honra, mas sim de um pedido de distribuição.
O Sr. Jorge Lacão (PS): — Sr.ª Presidente, só quero ter direito à mesma igualdade de tratamento que teve
o Sr. Deputado Fernando Negrão.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Jorge Lacão, eu só disse que o Sr. Deputado Fernando Negrão pediu
que a Mesa procedesse à distribuição de um documento. Não se tratou de uma defesa da honra, pedindo uma
dialética. Mas com certeza que lhe dou essa possibilidade.
O Sr. Jorge Lacão (PS): — Sr.ª Presidente, mas, antes disso, disse que eu tinha faltado à verdade face ao
que se teria passado na reunião da Comissão.
Aplausos do PS.
Vozes do PSD: — E faltou!
A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado. Tem a palavra.
O Sr. Jorge Lacão (PS): — A verdade, Sr. Deputado Fernando Negrão, é que, perante o argumento que o
senhor usou enquanto Presidente da Comissão — e eu tive ocasião de contrapor —, também tive ocasião de
lhe dizer que considerávamos que o seu entendimento era completamente desconforme à natureza das
coisas. E aqui lhe repito qual é a natureza das coisas: o que está em causa é uma matéria de concretização
direta do texto constitucional, e quando está em causa uma matéria de concretização direta do texto
constitucional será extraordinário que a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e