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I SÉRIE — NÚMERO 36

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O Sr. Deputado Miguel Laranjeiro informou a Mesa que pretende responder após cada pedido de

esclarecimento.

Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, deixe-me começar

por felicitá-lo por ter feito uma declaração sobre um tema que é importante — é importante para o PS, para o

CDS mas, sobretudo, para o País — e que tem a ver com a necessidade, em qualquer circunstância, mas

sobretudo na circunstância em que Portugal se encontra, sob assistência financeira, de haver diálogo,

consenso e concertação social.

Mas, Sr. Deputado, deixe-me que lhe diga também, para começo de conversa, que fez a declaração de

forma muito pouco concertada, pois utilizou expressões fortes e anotei algumas, tais como «falta à verdade»,

«não é de confiança», «à socapa», «nas costas dos parceiros sociais».

Sr. Deputado, deixe-me que lhe diga, até em tom de desejo, que no passado teria sido bom mas neste ano

de 2013 seria bastante bom, nomeadamente tendo em atenção as circunstâncias que o País atravessa e o

papel que o Partido Socialista desempenhou e desempenha na sociedade portuguesa, que o PS tivesse o

mesmo sentido de compromisso, a mesma responsabilidade política que a União Geral de Trabalhadores

(UGT) e o Eng.º João Proença demonstraram no passado, nomeadamente ontem, e certamente vão continuar

a demonstrar.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, Sr. Deputado, gostaria, para começo de conversa, de lhe

dizer, em tom de desejo e de sugestão, que seria bom que tivessem mais atenção quer à praxis político-

sindical do Eng.º João Proença quer ao sentido de responsabilidade e de Estado que o Eng.º João Proença

tem demonstrado.

Quanto à questão que colocou, eu disse ontem, e reafirmo: o CDS está disponível para, em diálogo com os

parceiros sociais, arranjar as melhores soluções que possam ir ao encontro dos compromissos externos e

internos assumidos, compromissos externos ao nível da União Europeia, já que está a ser alterada a

legislação laboral, mas também ao nível do Memorando de Entendimento, assinado e negociado pelo Partido

Socialista.

Sr. Deputado, não sei se teve oportunidade de ver ontem toda a conferência de imprensa do Eng.º João

Proença. Eu vi-a e constatei que o Eng.º João Proença disse várias vezes que o que está em causa é o

acordo (e uma obrigação), negociado e assinado pelo anterior Governo apoiado pelo Partido Socialista e

mantido pelo atual Governo.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Seria bom que começassem a ouvir do princípio ao fim aquilo que o

Eng.º João Proença diz!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Portanto, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que o CDS, como, certamente a maioria, estará disponível, como

esteve sempre, para dialogar com vista a obter o consenso social para, em conjunto com o diálogo com os

parceiros sociais, podermos arranjar as melhores soluções que vão ao encontro destes dois compromissos: o

compromisso externo, que assumimos, de fazer esta reforma e esta redução, que foi negociada e assinada

pelos senhores; e o compromisso interno que é importante, que é o de fazer esta e qualquer outra reforma

estrutural que fomos obrigados a fazer, em concertação e em diálogo social com os parceiros.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!