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I SÉRIE — NÚMERO 36

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O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — A versão portuguesa ou a inglesa?

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — … é isto: «alinhar o nível de compensações por cessação do contrato de

trabalho com o nível médio da União Europeia».

O Sr. Luís Menezes (PSD): — E qual é a média? Qual é?

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Onde é que está o nível médio da União Europeia? Não houve nenhuma

estudo sério, independente, credível, que desse esse nível médio. Diga onde é que está o nível médio!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Já agora, Sr. Deputado Nuno Magalhães, pode confirmar-me, pois deve ter informações privilegiadas, se a

posição do Ministro da Economia é exatamente igual à posição do Ministro das Finanças relativamente aos

dias de indemnização.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, antes de mais, queria desejar a todos

VV. Ex.as

, em particular à Sr.ª Presidente em nome de todos nós, um ano de 2013 cheio de sucessos.

Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, V. Ex.ª subiu à tribuna e arrancou por um conjunto de ataques, de

acusações mais ou menos altissonantes, esquecendo-se que a matéria que estamos a tratar, que é a questão

das compensações por despedimento, é muito séria. Neste momento, a posição do Governo sobre esta

matéria fica clara quando o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros vem dizer que o

Governo quer continuar a dialogar sobre esta matéria com os parceiros sociais. E fez muito bem o Sr.

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros em fazer esta proclamação. Ou seja, a

proposta de diploma que deu entrada no Parlamento não é um texto fechado, é um texto aberto, para o qual

se concita toda a disponibilidade de acertos e de diálogos fora do Parlamento, isto é, na concertação social,

mas também dentro do Parlamento.

Percebemos que é uma matéria difícil. Sim, é difícil! E os senhores também sabem que é difícil. Tão difícil é

que os senhores previram, no Memorando da troica, inicial, que assinaram, que este processo devia ter uma

legislação logo no 1.º trimestre de 2012. Mas não teve. Não pôde ter, porque é uma matéria realmente muito

difícil, muito delicada. Por isso, tê-la-á durante o ano 2013.

Sr. Deputado, em vez de estar com acusações mais ou menos proclamatórias, a primeira pergunta que lhe

faço é esta: o Sr. Deputado e o Partido Socialista estão ou não disponíveis para um diálogo concertador em

torno desta matéria que estabeleça um compromisso que importe aos trabalhadores e aos patrões nesta

questão tão delicada? É a pergunta que deixo.

V. Ex.ª faz, depois, uma deriva: invoca a declaração e o discurso do Sr. Presidente da República. Mas o Sr.

Deputado leu apenas umas partes e não leu outras. Há de recordar-se, com certeza, daquela parte em que o

Sr. Presidente da República aludia àquilo que seria terrível, dramático, que era uma crise política no País, que

seria lançada em cima da crise económica e da crise orçamental. Considero que ele se referia às

proclamações que o seu líder parlamentar aqui fez, antes de irmos para fim de ano.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Isto é, referia-se àquelas proclamações em que o Partido Socialista queria o

poder a todo o custo no ano 2013.

Vozes do PSD: — Muito bem!