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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — … nem que o IVA da restauração tinha de passar para 23%, nem estava o

corte nos subsídios de férias e Natal, nem o corte nos vencimentos!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O corte nos vencimentos ainda foi com os senhores! Isso foram os

senhores que fizeram!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Esse é um outro pacto e um outro entendimento a que só a direita pode

responder!

Queria dizer, pois, ao Sr. Deputado João Oliveira que estou convencido de que ficou esclarecido com a

minha resposta e que é inquestionável a posição do PS.

Termino aproveitando para agradecer a sua saudação às jornadas parlamentares do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder

Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, como deve calcular,

queria felicitá-lo por ter realizado as jornadas parlamentares na nossa cidade e dizer-lhe que é uma cidade

inspiradora, que tem sido inspiradora para muitos. Pena é que, para o Partido Socialista — e gostava de saber

as causas —, ela não tenha sido assim tão inspiradora!

V. Ex.ª disse que as jornadas parlamentares tinham um pressuposto e eu percebi, no seu discurso, qual

era. Mas, fruto da grande abertura à comunicação social, o que se soube das jornadas parlamentares do

Partido Socialista foi a grande confusão sobre a ADSE e o anúncio de uma candidatura que, espero, não

enferme dos mesmos males de inspiração — talvez sim! Ela até foi feita para o Partido e não para a cidade,

para os viseenses, mas isso é uma matéria que discutiremos mais adiante.

Sr. Deputado, também queria dizer-lhe que percebo — e ficou agora claro nas respostas de V. Ex.ª — que

o Partido Socialista discorda de um conjunto de medidas que o Governo quer implementar,…

O Sr. Mota Andrade (PS): — E penso que o CDS também!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — …mas o Governo está firme no cumprimento do Memorando negociado

por VV. Ex.as

, assinado por todos nós, e percebo a assunção da incapacidade do Partido Socialista em

governar, uma vez que, como ainda agora aqui foi lembrado, se demitiu e se considerou incapaz de resolver o

problema do País. Mas o CDS tem dito que aceitará e lerá com atenção todos os estudos, os que estão

apresentados e os que ainda vamos fazer, e está disponível para discutir todas as soluções.

Partindo do princípio que o Partido Socialista não põe em causa as metas de redução do défice, de

consolidação das contas públicas, que o próprio escreveu no Memorando, falta saber qual é o caminho que

temos de fazer até aí. Gostava de o questionar sobre qual o corte que temos de fazer para conseguir, em

2014, um défice de 2,5%, qual o corte que temos de fazer para cumprir o está hoje no Orçamento do Estado.

Por fim, Sr. Deputado, gostaria de dizer que o que está a faltar é saber se o Partido Socialista quer

continuar a fazer esta política de «faz de conta», em que é apresentada uma proposta e, imediatamente,

retirada, porque pode trazer ruído e dificuldades (e o Partido Socialista está apenas e só a pensar nas

próximas eleições), ou se quer discutir seriamente propostas, caminhos, soluções — como ainda há pouco foi

dito pelo Sr. Deputado Miguel Frasquilho — que deviam ter sido discutidos em 1998.

Já vamos tarde para este debate. Queremos reformar o Estado, e queremos reformá-lo de forma

permanente. Mas não queremos beliscar o essencial do serviço do Estado.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.