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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. Miguel Santos (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.

É que a maior parte dos funcionários públicos, na perceção do Sr. Deputado José Lello, são eleitores do

Partido Socialista. Portanto, o PS está numa corrida de contenção interna do seu líder e numa corrida de

popularidade nacional das medidas que quer tomar. Assim, «acabar com a ADSE, nem pensar!» É que a

maior parte dos funcionários públicos são eleitores do PS — e isso basta para não mexer.

Mas, agora, pergunto-lhe, Sr. Deputado: a ADSE não deverá caminhar para uma uniformização com o

Serviço Nacional de Saúde? Não se deve discutir isso? Não se deve discutir se sim, se não, porquê e as

vantagens?

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, já duplicou o tempo de que dispunha.

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.

A ADSE não deverá caminhar para uma uniformização na comparticipação de medicamentos, a ADSE não

deverá caminhar para uma uniformização na comparticipação de meios complementares de diagnóstico e

terapêutica?

Afinal, qual é a opinião do Partido Socialista, Sr. Deputado?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Quero alertar os Srs. Deputados que continuam a ignorar o

Regimento e os apelos da Mesa relativamente ao tempo de intervenção. Um dia, teremos de tomar medidas

drásticas que queremos, seguramente, evitar.

Como o Sr. Deputado José Junqueiro tem mais pedidos de esclarecimento, pergunto se deseja responder

de imediato, ou no final.

O Sr. José Junqueiro (PS): — De imediato, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Então, faça favor.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Santos, agradeço as suas perguntas.

Gostaria de registar a gentileza por ter apreciado a minha candidatura, receio apenas não lhe poder

corresponder no que toca ao resultado eleitoral, porque tenciono ganhar essas eleições.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, quando dissemos aqui que o Governo já denota que não tem força para transformar nem

vontade para reformar, referi muito claramente que este Governo tem de escolher outros caminhos. E quando

referi isso aqui, na Assembleia da República, no dia seguinte, o Sr. Primeiro-Ministro recuou nas afirmações

que o PSD estava a fazer, dizendo que aquele relatório que mandou elaborar não era nenhuma bíblia, que,

afinal, nem todas as medidas eram para aplicar e que apenas algumas tinham lugar.

Quanto às PPP, o Sr. Deputado lembra-se que o PSD chumbou essa proposta. Não sei se se lembra…

O Sr. António Braga (PS): — Não lembra, não!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Certamente, não se lembra, caso contrário não teria falado nisso. É que

nós fizemos essa proposta e os senhores chumbaram-na! Não se lembraram disso, mas eu tenho todo o gosto

e simpatia em recordar-vos esse facto.

Relativamente às questões que nos obrigam a uma grande seriedade, nomeadamente a da ADSE, de que

o Sr. Deputado falou, tenho a dizer que esse assunto está respondido.

O que não está respondido, Sr. Deputado, tem a ver com o seguinte: «Não será necessário, em Portugal,

cortar mais salários, nem despedir gente, para poder cumprir um programa de saneamento financeiro. Nós