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I SÉRIE — NÚMERO 41

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O Sr. José Junqueiro (PS): — … o CDS que, através do seu líder, escreveu uma carta a todos os

militantes dizendo que não iria tolerar mais impostos,…

O Sr. António Braga (PS): — Garantindo!

O Sr. José Junqueiro (PS): — … que palavras tem agora para os reformados? Que palavras tem para a

função pública? Que palavras tem para os professores? Que palavras tem para aqueles que mais sofrem no

País?

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — O Sr. Deputado não tem palavras, porque o Sr. Deputado, o seu partido e o

seu líder passaram para um plano mais confortável: o de resistirem à verdade e preferirem ficar no Governo a

qualquer preço!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.

E essas respostas, o Sr. Deputado não as deu, mas fez, nesta Casa, uma afirmação extraordinária

relativamente aos reformados: garantiu que o Governo encontraria maneira de fazer uma maior cobrança a

todos os reformados. Sr. Deputado, não lhe parece que os reformados já pagaram o que tinham a pagar

durante uma vida inteira de trabalho?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe) — Srs. Deputados, concluídas as declarações políticas, vamos passar ao

terceiro ponto da ordem de trabalhos, um debate sobre a Presidência do Conselho da União Europeia e

respetivas prioridades, ao abrigo da Lei n.º 21/2012, de 30 de maio.

Para abrir o debate, por parte do Governo, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos

Assuntos Europeus.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus (Miguel Morais Leitão): — Sr. Presidente,

Sr.as

e Srs. Deputados: Gostaria de começar a minha intervenção com um breve balanço dos progressos que

a União Europeia fez ao longo de 2012, um ano marcado pela resposta à crise mas em que foi possível chegar

a dezembro num contexto geral de estabilização, externa e interna, da União: estabilização externa porque os

cenários catastrofistas foram contrariados com passos fundamentais para o reforço do euro, logo, para o

reforço de todo o projeto europeu; e estabilização interna porque a União foi capaz de concretizar

compromissos e definir novos objetivos de curto e médio prazos.

Em 2012 foram reforçados os mecanismos de coordenação de política económica, com a entrada em vigor

do Six-Pack para todos os Estados-membros e com o Two-Pack aplicável apenas à zona euro e que está em

fase final de negociação.

Também no ano passado entrou em vigor o mecanismo europeu de estabilidade, que é hoje o maior

instrumento de proteção financeira regional do mundo, e foi assinado e ratificado o Tratado sobre Estabilidade,

Coordenação e Governação.

Todas estas medidas dotaram a União de um sólido enquadramento normativo consentâneo com a

interdependência inerente a uma união monetária.

Também em 2012 foram dados os primeiros passos para uma verdadeira união bancária com o acordo

relativo ao mecanismo único de supervisão alcançado em dezembro.

Este acordo juntamente com as decisões que deverão ser agora tomadas relativamente aos próximos

passos do aprofundamento da União Económica e Monetária irão criar condições para se quebrar o ciclo

vicioso entre a dívida bancária e a dívida soberana e serão essenciais para a redução da fragmentação do

mercado financeiro na Europa e para normalizar o crédito à economia europeia.