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1 DE FEVEREIRO DE 2013

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O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — E por ter esse conhecimento há muito tempo, se calhar será pouco

prudente que faça determinado tipo de comentários quanto a despesismo, quanto a rotas de despesismo,

conhecendo nós o passado da RTP, nos tempos em que a Sr.ª Deputada apoiava o Governo de então.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Veja as contas, Sr. Deputado!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Deputada, quando estava a ouvi-la fiquei um pouco confuso,

porque parecia que estava quase com pena de não ter havido privatização.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Não!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Quase parecia o Sr. Secretário-Geral do Partido Socialista, quando

ficou com pena que não se tivesse privatizado a TAP. A reação foi igual, Sr.ª Deputada, o que é estranho!

Sr.ª Deputada, quero dizer-lhe muito claramente que a decisão de não privatização, neste momento, da

RTP é do Governo, e de todo o Governo sem exceção.

Se há aqui uma vitória é a do serviço público de televisão, que todos os portugueses podem partilhar, não é

de mais ninguém.

Quero ainda sossegá-la, Sr.ª Deputada, dizendo-lhe que enquanto o CDS fizer parte desta Assembleia da

República — já não digo, sequer, dos partidos que apoiam o Governo — a independência editorial da RTP

estará sempre sob atenta vigilância…

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Vamos ver!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — … e estará sempre assegurada, porque somos um partido fundador

da democracia em Portugal.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Deputada, muito desse capital de que fala é para pagar dívida

antiga.

Nós somos partidos que apoiam um Governo que cumpre e que honra os seus compromissos. Tão-só!

Quanto ao resto, Sr.ª Deputada, como não acho que se deva ultrapassar o conselho de administração

neste particular, porque é sua incumbência e sua função, esperemos pelo dia 1 de março para conhecer no

detalhe e concretamente o plano de reestruturação da RTP.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz, do PCP, a

quem aproveito para dar as boas-vindas ao Parlamento nesta sua primeira declaração política.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Muito obrigada, Sr.ª Presidente.

Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Digamos ao que vimos — o PCP, em consonância com o que está

consagrado na Constituição, que estabelece que «o Estado assegura a existência e o funcionamento de um

serviço público de rádio e de televisão», e tendo em conta a natureza e a importância deste serviço,

nomeadamente no acesso e na divulgação da cultura e da língua portuguesas, no direito a uma informação

livre, rigorosa e plural e na salvaguarda da coesão e da soberania nacional, defende que este serviço não

pode ser assegurado senão pelo Estado, através de uma empresa de capitais públicos.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!