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14 DE FEVEREIRO DE 2013

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Ora, com este ataque sem precedentes a quem trabalha o Sr. Deputado considera que a solução é «comer

e calar»?! É ir dando o que lhes pedem até dizerem que não chega?!

O ataque indigno, desonesto, insultuoso e provocador que aqui fez alguma vez permite silenciar a situação

de encargos financeiros e perdas especulativas, com os swaps com os CDS (Credit Default Swap), que

atingem centenas de milhões de euros, milhares de milhões de euros, que comparam com 68 milhões de

despesas com pessoal?!

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, termino dizendo o seguinte: aquilo que os senhores estão a

tentar omitir é que o roubo a quem trabalha só agrava os problemas do País. E os trabalhadores em luta, num

dia, defendem melhor o interesse nacional do que alguma vez os senhores em todas as vossas vidas!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Filipe Matias.

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Dirijo um cumprimento

especial ao Deputado Hélder Amaral pelo tema pertinente e relevante que nos trouxe a debate.

Penso que seria imprescindível que a oposição, neste Plenário, começasse por se perguntar a si mesma

quando é que começou a crise económica em Portugal, quais foram as causas, que tipo de problemas

enfrentamos, mas, sobretudo, que responsabilidades, nalguns casos, partilhamos e que temos de resolver e

encontrar solução. Isto porque é pouco sério ouvirmos um Partido Socialista — que, percebemos, anda

desesperado a procurar a unidade interna — fazer um discurso para fora para tentar iludir os portugueses de

problemas que a economia já tinha antes de junho de 2011, de uma taxa de desemprego que nos preocupa,

mas que tinha uma trajetória ascendente desde 2008.

Ora, numa altura em que temos de acabar o processo de consolidação, em que temos de concluir um

processo de ajustamento, em que temos de dotar a economia de mais instrumentos para resistir, para inovar,

para exportar, para crescer, para com isso criar emprego, seria fundamental que a oposição, a começar no

Partido Socialista, estivesse disponível para fazer a reflexão e não apenas a limitar-se, com slogans partidários

e políticos, a unir-se à mera contestação. E digo que seria fundamental porque aparecem os primeiros sinais

positivos, aparecem os primeiros resultados que mostram que, no final, o esforço para cada um dos

portugueses vai valer a pena,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Só se for para os sem-abrigo do Ulrich!

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — … que as empresas nacionais, no final, saberão ser mais capazes de

encontrar novos mercados, de criar mais valor, de construir mais iniciativa.

O Sr. João Oliveira (PCP): — O País desmorona-se e vocês repetem a mesma conversa!

O Sr. Nuno Filipe Matias (PSD): — Seria fundamental, isso sim, que, neste esforço sério de debate, a

oposição não se entretivesse com slogans e faits divers e se juntasse à maioria e ao Governo para, num

esforço, encontrar melhores soluções, dar razão aos esforços que estão a ser pedidos a cada um dos

portugueses. Com uma certeza: a de que não é esta maioria nem é o Governo que impõem ao Banco de

Portugal a perspetiva de confiança e de esperança este quando assume que a segunda parte de 2013 será de

recuperação, será um semestre onde se poderá criar mais emprego, onde poderá haver novas oportunidades.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Foram três minutos e meio de frases feitas!