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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.a Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, muito obrigada pelo seu pedido de

esclarecimentos.

Concordo consigo! Este Governo está a pôr um ponto final no País e, portanto, está bem na hora de o País

pôr um ponto final a este Governo.

É preciso recordar que estamos em recessão, já há muito tempo; tem havido uma aceleração da recessão.

O PIB decresceu, no último trimestre de 2012, a uma velocidade vertiginosa e o desemprego subiu também

com uma velocidade vertiginosa. Mas temos aqui, hoje, a maioria PSD/PS calada, em silêncio. É o silêncio

culpado de quem sabe que é responsável, ativamente responsável pela destruição do País.

A cada hora que passa, 17 pessoas perdem o emprego, neste país; a cada hora que passa, no silêncio de

culpados de PSD e CDS que, ativamente, destroem a economia e o País, 17 pessoas perdem o emprego.

Quando este Plenário tiver acabado, as horas de silêncio cúmplice da maioria terão equivalido a 68 novos

desempregados e desempregadas. É assim uma tarde de trabalho da maioria: 68 desempregados!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho, do PS.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.a Deputada Catarina Martins, já

sentíamos no ar que havia uma enorme crise em Portugal, mas agora é oficial.

Agora, sabemos oficialmente, com números claros, que o nosso país está numa situação de pré-catástrofe

económica e social: é de quase um milhão o número de desempregados oficiais; são 40% de jovens sem

emprego; é o PIB a decrescer, em derrapagem, ou seja, o quarto trimestre do ano passado foi aquele em que

o PIB decresceu mais. Perante este cenário de catástrofe e de rutura social, qual é a próxima medida que a

maioria anuncia aos portugueses? A próxima medida é um corte de 4000 milhões de euros nas funções

sociais do Estado.

É preciso perguntar como é que essa pode ser a próxima medida, uma medida feita em segredo?! Quais os

estudos que suportam o impacto que essa medida vai ter, em cima destes resultados?

O estudo genérico faz-nos pensar que a recessão será aumentada em pelo menos 2% com esse corte. Se

somarmos essa recessão de 2% à recessão prevista no Orçamento, poderemos ter, em 2013, uma recessão

quase igual à que tivemos em 2012. E se essas recessões se somarem, podemos chegar ao fim deste ano

com um número trágico, tocando os 20% de desemprego.

Esta é uma questão que nos faz pensar. Como é possível as bancadas do PSD e do CDS e o Governo

serem insensíveis a esta realidade?! E, sobretudo, como é que é possível esta Câmara, a uma semana da

sétima revisão do Memorando com a troica, não ter qualquer informação sobre como é que vai ser feito esse

corte dos 4000 milhões de euros?!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Seremos nós condenados, Sr.a Deputada, a ir, de surpresa em surpresa,

até ao desastre final?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, muito obrigada pelo seu

pedido de esclarecimentos.