7 DE MARÇO DE 2013
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País ser destruído, então, Sr. Primeiro-Ministro, acho que cada vez mais se torna necessária a exigência de
demissão deste Governo pela derrota da sua política.
Aplausos do PCP.
Estamos em crer que essa será uma possibilidade cada vez mais próxima, porque o País tem futuro, este
Governo é que não tem!
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, gostaria de afirmar a
convicção oposta à sua. Creio que há razão, hoje, para que todos aqueles que têm, com muito sacrifício,
levado um tempo de dificuldades para podermos acabar com o tempo de emergência nacional e construir um
futuro que está para além da troica, que é aquele em que estamos hoje a trabalhar, acreditarem que podemos
regressar à nossa autonomia, esperando que ela possa ser exercida com responsabilidade. A todos esses
portugueses, que têm feito tantos sacrifícios, quero reafirmar que Portugal está hoje mais próximo de fechar
este período de emergência e de vencer estas dificuldades do que esteve há tempos atrás e, seguramente,
quando teve de pedir a intervenção externa para evitar a situação de bancarrota.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E o desemprego?
O Sr. Primeiro-Ministro: — Essa não é a nossa situação hoje.
Se eu tivesse de eleger um resultado importante para todos os portugueses que estão desempregados,
que estão a sofrer, que estão com pouca esperança no futuro, se tivesse de apontar uma garantia de
esperança para o futuro, teria de dizer que estamos hoje mais próximos de poder dispensar a troica, de poder
dispensar um programa de assistência e de poder regressar à nossa vida,…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Tudo ilusões!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … que não será a vida de muita irresponsabilidade pública que vigorou no
passado, mas que será a nossa, que vamos poder construir, ao nosso ritmo e de acordo com as nossas
possibilidades, mas como gente que quer oferecer um futuro aos seus filhos.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onde é que ele está?
O Sr. Primeiro-Ministro: — É isso que estamos a fazer, Sr. Deputado!
Sr. Deputado, percebo que queira trazer para aqui o sentimento das manifestações. Percebo isso, até
porque é notória essa postura da parte do Partido Comunista Português e de outros partidos da oposição, que
têm elogiado essas manifestações e que se têm associado a esses protestos. Mas quero dizer ao Sr.
Deputado que o Governo nunca se envolverá em polémicas a propósito de manifestações, porque
reconhecemos o direito e a legitimidade, numa sociedade democrática,…
O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Era só o que faltava!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … de todos aqueles que querem protestar e de manifestar as suas ideias.
Protestos do PCP e do PS.
Nenhum Governo deve ficar indiferente a essas manifestações públicas!