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I SÉRIE — NÚMERO 74

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Esta área necessita de continuidade para continuarmos a recuperar dos atrasos e mantermos o padrão dos

avanços conquistados.

Portugal tinha uma coisa única: uma visão estratégica para a ciência. A investigação científica era uma

marca de orgulho do País.

Pois, como diz Thomas Friedman: «As nações que não investem no futuro tendem a ser malsucedidas».

Nós queremos ser bem-sucedidos, temos de ser bem-sucedidos e investir na ciência como forma de investir

no futuro.

Aplausos do PS.

E, agora, o que temos? Gritos de alerta de instituições e investigadores. Alertam para os «cortes cegos» e

para o subfinanciamento na ciência, que estão a matar a investigação e a colocar em perigo as instituições;

alertam para a fuga de cérebros; alertam para concursos que não abrem; alertam para a incapacidade de

continuarmos a atrair investigadores internacionais e os que ainda existem estarem a fugir; alertam para

fusões absolutamente absurdas, como a fusão da FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional) e

da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia),…

Aplausos do PS.

… que levam à destruição de infraestruturas competitivas e de iniciativas pioneiras, imprescindíveis para o

bom funcionamento e modernização do nosso sistema científico; alertam para os momentos de grande

incerteza que a investigação e a ciência vivem em Portugal e que põem em causa todo o caminho percorrido.

Alertam e alertam!

Alertam para o perigo de regredirmos. É mesmo isto! Alertam para o perigo de regredirmos e de perdermos

o que já conquistámos na área da ciência.

Este é o balanço de uma governação falhada, sem visão estratégia para a ciência, sem capacidade de

manter o que de melhor existe no nosso País, como bem o reconheceu o Sr. Presidente da República, no seu

discurso do 25 de Abril, nesta mesma Sala, no ano passado, ao referir-se às áreas de elevado potencial de

que Portugal dispõe, como a nanotecnologia, as telecomunicações móveis e as ciências médicas.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: A crise não pode servir de desculpa para se desinvestir na ciência.

Aplausos do PS.

E não pode servir de desculpa para se desinvestir na ciência, até porque o que está em causa não é

apenas o financiamento, são regras absurdas e obstáculos absolutamente ridículos que impedem a

flexibilização da gestão financeira e que encontram na lei dos compromissos o expoente máximo de

paralisação da atividade científica no nosso País.

O Governo garantiu excecionar essa lei absurda para a ciência, mas, logo a seguir, recuou nessa

promessa. Ou seja, os ditames do Ministério das Finanças e, também, temos de o dizer, a passividade do

Ministério da Educação e da Ciência arrasam tudo, não deixam nada, absolutamente nada, nem ninguém

ileso. Arrasam a estabilidade, arrasam a confiança, arrasam a possibilidade de termos algo fundamental para

as nossas vidas: esperança no futuro!

Aplausos do PS.

Criam incertezas e impedem a estabilidade e estratégias de médio e longo prazo, fundamentais para o

desenvolvimento da ciência. A incerteza mata a ciência!

Destruir os avanços alcançados é, seguramente, desistir do País. Nós não queremos desistir de Portugal!

Aplausos do PS.